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Erdogan propõe cúpula entre Rússia e Ucrânia e quer Trump presente: “Istambul deve ser um centro da paz”

Presidente turco sugere nova rodada de negociações com Zelensky e Putin, após avanço em troca de prisioneiros durante encontro em Istambul

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, discursa durante uma declaração conjunta à imprensa em Bagdá, Iraque, em 22 de abril de 2024 (Foto: AHMAD AL-RUBAYE/Pool via REUTERS)
Luis Mauro Filho avatar
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247 - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou nesta segunda-feira (2) a intenção de promover uma cúpula entre os líderes da Rússia e da Ucrânia, com possível participação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A proposta ocorre em meio à retomada do diálogo entre Moscou e Kiev, mediado por Ancara. As informações são da emissora RT.

Durante pronunciamento transmitido pela televisão e publicado em sua conta na plataforma X, Erdogan avaliou como “muito magnífico” o segundo encontro entre representantes russos e ucranianos em menos de um mês. O encontro mais recente, realizado em Istambul, resultou no maior acordo de troca de prisioneiros desde o início do conflito, segundo o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky.

“Meu maior desejo é reunir tanto (o presidente russo) Vladimir Putin quanto (o presidente ucraniano) Zelensky, talvez em Istambul ou em Ancara”, afirmou Erdogan. O líder turco também sugeriu que “o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderia participar do encontro”. E completou: “Se eles concordarem, eu participarei pessoalmente da reunião”, acrescentando que sua meta é transformar “Istambul em um verdadeiro centro da paz”.

O encontro desta segunda-feira marcou uma ampliação significativa no escopo das negociações. Medinsky revelou que as delegações acordaram uma troca que inclui todos os prisioneiros gravemente feridos ou doentes, além de um mecanismo específico para soldados capturados com menos de 25 anos. Moscou também se comprometeu a devolver unilateralmente os corpos de seis mil combatentes ucranianos já na próxima semana.

Além disso, a delegação russa entregou aos representantes de Kiev um memorando detalhado com propostas para a construção de um cessar-fogo “completo” e sustentável. Embora o conteúdo do documento não tenha sido divulgado, Medinsky declarou que trata-se de uma “proposta de paz duradoura”.

A Turquia tem se posicionado como interlocutora entre as duas partes desde 2022, quando abrigou as primeiras tentativas formais de cessar-fogo. Na ocasião, o então primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, aconselhou Kiev a não aceitar um acordo, orientando a continuidade da guerra. Desde então, as tratativas foram interrompidas até que, sob pressão do presidente Donald Trump, a Ucrânia retornou às mesas de negociação.

A rodada anterior, em 16 de maio, também realizada em Istambul, resultou na libertação mútua de mil prisioneiros por parte de cada país. Ao final da nova reunião, o chefe da delegação ucraniana, Rustem Umerov, declarou que Kiev deseja agendar o próximo encontro antes do fim de junho. Até o momento, o governo russo não comentou publicamente a proposta.

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