Lima, 15 nov (Xinhua) – O presidente chinês, Xi Jinping, pediu na sexta-feira esforços para orientar a globalização econômica na direção certa, promovendo conjuntamente uma globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva para o benefício de vários países e comunidades.
Em um discurso por escrito pronunciado na Cúpula 2024 de CEOs da APEC, Xi disse que toda a Ásia-Pacífico está profundamente entrelaçada no tecido da globalização econômica e agora é uma comunidade interdependente com interesses comuns e um futuro compartilhado.
Por outro lado, o mundo está em um novo período de turbulência e transformação, disse Xi, alertando que o grave desafio da globalização econômica é como navegar contra a corrente - ou avançamos ou descemos para rio abaixo.
"Para onde a economia da Ásia-Pacífico irá? É uma decisão que devemos tomar", disse Xi.
A globalização econômica é um requisito objetivo das crescentes forças produtivas sociais e um resultado natural do avanço da ciência e tecnologia, disse ele, acrescentando que, apesar dos ventos contrários e das ressacas, a globalização econômica sempre foi a tendência geral.
A tentativa de bloquear a cooperação econômica sob todos os tipos de pretextos e romper a interdependência do mundo não é nada além de um retrocesso, disse Xi.
Tempos mais difíceis exigem maior confiança, disse o presidente chinês. "Devemos procurar que a globalização econômica gere resultados mais positivos e seja levada a uma nova fase mais dinâmica, inclusiva e sustentável."
"Primeiro, devemos tomar a inovação como a força motriz para um crescimento mais forte da economia mundial", disse Xi.
Ele disse que os avanços na ciência e tecnologia devem beneficiar toda a humanidade. "Devemos ajudar os países em desenvolvimento com sua construção de capacidade em ciência e tecnologia e promover o fluxo global de conhecimento e tecnologias."
"Segundo, devemos acompanhar os tempos e reformar o sistema de governança econômica global", disse ele.
Ele acrescentou que os princípios de "planejar juntos, construir juntos e beneficiar juntos" devem ser seguidos, a representação e a voz do Sul Global devem ser aumentadas continuamente e todos os países devem ter direitos iguais, oportunidades iguais e regras iguais na condução da cooperação econômica internacional.
Xi pediu a construção de um sistema econômico mundial aberto e esforços para manter as cadeias industriais e de suprimentos globais estáveis e desimpedidas.
"Terceiro, devemos sempre adotar a abordagem centrada nas pessoas e procurar resolver os desequilíbrios no desenvolvimento", disse ele.
A prosperidade e a estabilidade globais não podem ser alcançadas quando os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres, disse Xi, observando que o verdadeiro desenvolvimento significa desenvolvimento comum de todos os países.
"Devemos buscar uma globalização econômica centrada nas pessoas e que proporcione um desenvolvimento mais equilibrado e mais oportunidades iguais, para que diferentes países, classes e comunidades possam se beneficiar do desenvolvimento", disse ele.
As economias da Ásia-Pacífico mantiveram um crescimento robusto e criaram o notável milagre da Ásia-Pacífico, enfatizou Xi.
"O sucesso da Ásia-Pacífico se deve ao nosso firme compromisso com a paz e a estabilidade na região, às nossas práticas contínuas de verdadeiro multilateralismo e regionalismo aberto, e à nossa profunda fé na tendência à globalização econômica, bem como ao benefício mútuo e ao sucesso mútuo", disse ele.
Xi disse que a Ásia-Pacífico deve continuar sendo a locomotiva da globalização econômica no futuro.
"Ao mesmo tempo que lustramos ainda mais a marca de abertura e inclusão da Ásia-Pacífico, devemos fazer novos esforços de construção de marca para promover uma Ásia-Pacífico verde e digital, construir uma comunidade da Ásia-Pacífico com um futuro compartilhado e inaugurar mais 30 anos dourados de desenvolvimento para nossa região", disse ele.
Durante a Terceira Sessão Plenária de seu 20º Comitê Central em julho, o Partido Comunista da China adotou um plano abrangente para aprofundar ainda mais a reforma em todos os setores para avançar na modernização chinesa, disse Xi.
A China aprofundará a reforma de forma abrangente e continuará a fornecer um impulso robusto para a economia mundial, observou Xi, acrescentando que o país tem total confiança em cumprir as metas de crescimento para este ano e continuar sendo o maior motor do crescimento econômico mundial.
Observando que a China promoverá o desenvolvimento de alta qualidade e continuará a liderar os esforços para melhorar o desempenho da economia mundial, ele disse que a China continuará a nutrir novas forças produtivas de qualidade de acordo com as condições reais e está comprometida com a cooperação de alta qualidade do Cinturão e Rota.
A China permanecerá firme no caminho do desenvolvimento verde e continuará a ser uma força importante para a transição verde global e uma parte importante do esforço global para abordar a mudança climática, disse Xi.
Ele disse que a China construirá sistemas econômicos novos, abertos e de alto padrão, continuará a compartilhar as oportunidades de desenvolvimento da China com o mundo, introduzirá mais políticas de abertura voluntária e unilateral, expandirá sua rede de áreas de livre comércio de alto padrão globalmente orientada, e abrirá ainda mais as suas portas ao mundo.
Xi observou que o desenvolvimento da China é inseparável da Ásia-Pacífico e, por sua vez, beneficiará ainda mais a região.
"Enquanto agirmos no espírito de abertura e conectividade, o vasto Pacífico se tornará uma passagem para mais prosperidade e crescimento", disse ele, pedindo esforços conjuntos para aumentar a solidariedade e a cooperação, enfrentar conjuntamente os desafios globais e formar uma força poderosa para a prosperidade comum do mundo e um futuro mais brilhante para a humanidade.

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Xi pede promoção conjunta de uma globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva

Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu cancelar a viagem que faria a Lima em novembro para participar da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) para se concentrar na reunião do G20 marcada para poucos dias depois no Rio de Janeiro, disse nesta quinta-feira uma fonte do Palácio do Planalto.
A decisão vem depois de Lula passar por novos exames nesta quinta devido à queda sofrida no banheiro do Palácio da Alvorada no dia 19, que gerou sangramento de pequena extensão no cérebro e o levou a receber pontos na nuca por causa de um corte.
Lula, de 79 anos, ainda não está autorizado pelos médicos a deixar Brasília e cancelou viagens que faria à Rússia, para a cúpula do Brics, à Colômbia, onde participaria da conferência da ONU sobre biodiversidade, a COP16, e ao Azerbaijão, para a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a COP29.
No entanto, segundo a fonte, a decisão de cancelar a viagem para a cúpula da Apec teria sido tomada pelo presidente para se concentrar no cúpula do G20 em 18 e 19 de novembro.
A decisão deixa em suspenso a possibilidade do encontro de Lula com o presidente norte-americano, Joe Biden, marcada inicialmente para o dia 17 de novembro, quando ambos fariam uma visita a Manaus.
De acordo com uma fonte a par das negociações, o governo dos Estados Unidos ainda mantém os preparativos para a visita, mas a decisão final deve ser tomada apenas depois das eleições norte-americanas, na próxima terça-feira.

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