247 - Desde a realização da primeira Cúpula China-Ásia Central, em maio de 2023 na cidade chinesa de Xi’an, a cooperação entre a China e os países da Ásia Central tem avançado com vigor, inaugurando uma nova etapa nas relações multilaterais.
A expectativa é que a segunda edição do encontro, desta vez sediada em Astana, no Cazaquistão, represente um novo salto qualitativo nessa relação. A avaliação é do embaixador cazaque em Pequim, Shakhrat Nuryshev, em entrevista concedida ao Global Times.
Para Nuryshev, a primeira cúpula “estabeleceu um novo padrão para a colaboração regional”, enquanto a segunda “injetará forte impulso para aprofundar a cooperação multifacetada entre os membros do mecanismo”. Segundo ele, o formato de diálogo se baseia em princípios de igualdade, boa vizinhança e benefícios mútuos, consolidando um espaço comum de confiança e desenvolvimento na Eurásia.
<h3>Projetos estratégicos e prioridades da nova cúpula</h3>
Como anfitrião do evento, o <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Cazaquist%C3%A3o+">Cazaquistão </a>pretende dar continuidade às iniciativas lançadas em Xi’an, com foco na implementação de mecanismos concretos de cooperação. “Vamos priorizar o fortalecimento da conectividade logística e de transportes, a colaboração industrial e a promoção da transformação verde e digital”, destacou Nuryshev. Também estão no centro da agenda as trocas educacionais, científicas, culturais e entre jovens.
O diplomata ressalta que a construção de uma arquitetura regional baseada no respeito mútuo e em interesses equilibrados é essencial em um cenário geopolítico desafiador. “Este mecanismo abre perspectivas genuínas para o desenvolvimento sustentável, o bem-estar dos nossos povos e a estabilidade regional.”
<h3>Laços bilaterais como modelo de parceria</h3>
Embaixador em duas ocasiões — a primeira em 2015 — Nuryshev acompanha de perto a transformação das relações sino-cazaques. Ele vê avanços expressivos tanto na modernização interna da China quanto na diversificação das parcerias com o Cazaquistão. “Hoje, a relação China-Cazaquistão é um exemplo de amizade entre vizinhos, respeito mútuo e desenvolvimento conjunto.”
A relação econômica ilustra essa parceria robusta: “Em 2024, nosso comércio bilateral atingiu o recorde de US$ 43,8 bilhões. Trabalhamos para dobrar esse valor nos próximos anos”, afirmou. Para isso, a sinergia entre a Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI) e a nova política econômica cazaque é apontada como chave estratégica.
<h3>Corredor logístico e papel do Cazaquistão na BRI</h3>
O diplomata enfatizou o papel central do Cazaquistão na proposta da Nova Rota da Seda, destacando sua localização estratégica na conexão entre a China e a Europa. O país responde por mais de 80% do transporte de contêineres por via terrestre entre os dois continentes.
Dentre os projetos implementados no âmbito da BRI, estão a Base de Cooperação Logística China-Cazaquistão (Lianyungang), o hub de contêineres do porto de Aktau e a rodovia Europa Ocidental-China Ocidental. Um terminal de cargas conjunto também entrou em operação após a primeira cúpula.
Além da infraestrutura física, há investimento em soluções logísticas eficientes, tecnologias digitais e energia verde. “A BRI adaptou-se aos desafios da era atual e passou a promover também a confiança mútua, o estímulo a investimentos e o fortalecimento das conexões entre os povos.”
<h3>Compromisso multilateral com governança justa</h3>
Segundo Nuryshev, Cazaquistão e China compartilham valores essenciais em fóruns multilaterais como ONU, Organização de Cooperação de Xangai (SCO) e Conferência sobre Medidas de Construção de Confiança na Ásia (CICA). “Defendemos uma ordem internacional justa e sustentável, baseada na igualdade e no benefício mútuo.”
O alinhamento se reflete em posições comuns sobre a importância do direito internacional, da não interferência em assuntos internos e da resolução pacífica de conflitos. “Não há contradições nem questões pendentes entre nossos países, o que favorece a ampliação da parceria em todas as áreas.”
O apoio do <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Cazaquist%C3%A3o+">Cazaquistão </a>às iniciativas globais chinesas — como a de Desenvolvimento, a de Segurança e a de Civilização — também é destacado como pilar da coordenação política bilateral.
<h3>Intercâmbio cultural e aposta nas novas gerações</h3>
Comemorando em 2024 o “Ano do Turismo do Cazaquistão na China”, as trocas culturais, educacionais e turísticas entre os países ganham força. “Essas trocas são uma parte indispensável da nossa parceria estratégica permanente”, afirmou Nuryshev.
Um Centro Cultural Cazaque será inaugurado em Pequim este ano, enquanto Astana receberá um Centro Cultural Chinês. Em paralelo, universidades dos dois países aprofundam colaborações, como a criação de workshops Luban e a abertura de um campus da Universidade de Língua e Cultura de Pequim na capital cazaque.
O número de estudantes cazaques na China ultrapassa 4 mil. “É na juventude, nos estudantes, nos acadêmicos e nas indústrias criativas que reside o verdadeiro núcleo dos intercâmbios entre povos”, declarou o embaixador, chamando atenção para a importância desse investimento de longo prazo na confiança e cooperação bilateral.
Com 280 mil turistas chineses visitando o Cazaquistão entre janeiro e maio de 2025 — um aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior —, novas rotas aéreas estão previstas para ampliar ainda mais o fluxo entre os dois países.

Luis Mauro Filho

Embaixador cazaque Shakhrat Nuryshev em entevista, em 2022

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Mundo

"Queremos construir um espaço unificado de confiança", diz embaixador do Cazaquistão sobre cúpula com China

Por Guilherme Paladino, de Pequim, para o 247 - O Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) chegou ao seu fim nesta terça-feira (13) com a publicação da Declaração de Pequim, documento político central da 4ª Reunião Ministerial realizada na capital chinesa. A nova carta simboliza um esforço articulado entre as duas regiões para consolidar um modelo de cooperação baseado em respeito mútuo, desenvolvimento soberano e multilateralismo inclusivo — numa conjuntura global marcada por tensões, disputas comerciais e crescente rivalidade geopolítica.
O Fórum, que contou com a presença de líderes como Xi Jinping (China), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gustavo Petro (Colômbia) e Gabriel Boric (Chile), foi descrito como o mais relevante encontro entre China e América Latina desde a criação do mecanismo de cooperação oficial entre os países, em 2015.
<blockquote>&nbsp;“Naquela época, plantamos uma semente. Hoje ela cresceu e se tornou uma árvore frondosa”, disse Xi, em um discurso que combinou acento poético com compromissos concretos, como o lançamento de cinco programas estruturantes e a oferta de uma nova linha de crédito de US$ 9 bilhões à região.</blockquote>
<h3>A Declaração de Pequim</h3>
A Declaração de Pequim reafirma os princípios que orientam a relação entre China e CELAC: soberania, não interferência, paz, desenvolvimento sustentável e cooperação multilateral. O documento celebra os dez anos do fórum e destaca a transformação do mecanismo em uma das plataformas mais relevantes do Sul Global.
A carta faz uma defesa contundente do direito ao desenvolvimento independente, da reforma do sistema de governança global, incluindo o Conselho de Segurança da ONU, e da construção de uma ordem internacional mais justa e representativa, com maior protagonismo dos países latino-americanos e caribenhos.
Entre os trechos de maior destaque, está a manifestação unânime dos países da CELAC (com exceção da Argentina, ausente do plenário) de que é chegada a hora de um latino-americano assumir a Secretaria-Geral das Nações Unidas, algo que até hoje só ocorreu uma vez na história.
Além disso, os países da CELAC reiteraram seu apoio ao princípio de "Uma Só China", reconhecendo Taiwan como parte inalienável do território chinês — ponto sensível para Pequim nas disputas estratégicas com os Estados Unidos.
<h3>Compromissos&nbsp;</h3>
A Declaração enfatiza a necessidade de reformar o sistema financeiro internacional, para que ele esteja mais alinhado às realidades dos países em desenvolvimento, incluindo China e os membros da CELAC. O texto faz duras críticas à imposição de medidas coercitivas unilaterais e às guerras comerciais, num claro recado ao governo estadunidense.
Os países condenam o terrorismo em todas as suas formas e expressam preocupação com o uso indevido de medidas antiterroristas para fins políticos. A carta também aborda a governança das novas tecnologias, como a inteligência artificial, defendendo que ela seja conduzida sob a égide das Nações Unidas para garantir legitimidade e inclusão.
O compromisso com os direitos humanos, igualdade de gênero, proteção dos povos indígenas, populações vulneráveis e grupos afrodescendentes aparece de forma explícita, sinalizando um esforço para equilibrar cooperação econômica com valores sociais e civilizatórios.
<h3>Ambiente, clima e nova geopolítica da solidariedade</h3>
Outro destaque da Declaração de Pequim é a forte ênfase na agenda climática, com apoio à realização da COP30, que ocorrerá em Belém (Brasil), em novembro de 2025. A carta cobra a plena operacionalização dos fundos climáticos, como o Fundo de Perdas e Danos e o Fundo Verde para o Clima, e afirma a importância de uma transição justa e equitativa.
O texto também saúda o papel da Iniciativa Cinturão e Rota (BRI), proposta pela China, como vetor de desenvolvimento, integração e conectividade entre os povos. Embora alguns países ainda mantenham distância formal da BRI, mais de 20 países da região já aderiram ao projeto, que financia portos, ferrovias, energia e infraestrutura digital.
<h3>Cinco novos programas anunciados por Xi Jinping</h3>
No mesmo dia em que a carta foi publicada, o presidente Xi Jinping anunciou cinco programas estratégicos para ampliar a parceria China-CELAC:
<ol>
 <li>&nbsp;Programa de Solidariedade: reforço do apoio mútuo em fóruns multilaterais e intercâmbio político.</li>
 <li>&nbsp;Programa de Desenvolvimento: expansão da Iniciativa Cinturão e Rota, com foco em infraestrutura, IA, 5G e cadeias produtivas.</li>
 <li>&nbsp;Programa de Civilização: promoção de intercâmbios culturais e proteção do patrimônio histórico.</li>
 <li>&nbsp;Programa de Paz: incentivo à zona livre de armas nucleares e formação policial adaptada às demandas locais.</li>
 <li>&nbsp;Programa de Conectividade entre Povos: ampliação de bolsas, formação de professores de chinês, isenção de vistos e ações de bem-estar.</li>
</ol>
<h3>Brasil protagonista</h3>
O Brasil foi um dos países centrais do encontro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva liderou uma comitiva de ministros, governadores, parlamentares e presidentes de instituições como o BNDES, IBGE e ApexBrasil. Além de discursar no Fórum, Lula se reuniu com Xi Jinping e participou de um jantar privado na residência do líder chinês — sinal de prestígio reservado a poucos chefes de Estado.
A proposta brasileira de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza também foi acolhida na Declaração como um dos marcos possíveis para a cooperação futura.

Guilherme Paladino

Presidente da China, Xi Jinping, discursa na abertura do Fórum China-CELAC, em Beijing

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Sul Global

China e América Latina firmam a Declaração de Pequim e traçam novo rumo para parceria estratégica

247 - Durante visita oficial à Ásia entre os dias 27 e 29 de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em Hanói, capital do Vietnã, acompanhado por ministros e representantes do governo brasileiro, em um esforço para fortalecer e diversificar as relações bilaterais.&nbsp;
A missão diplomática resultou em cinco acordos formais, com destaque para o Plano de Ação para Implementação da Parceria Estratégica entre Brasil e Vietnã para o período de 2025 a 2030. O documento cobre uma ampla gama de áreas: política, defesa, segurança, comércio, inovação, meio ambiente, cultura, esportes e assuntos consulares. Além disso, consolida o compromisso mútuo com o fortalecimento da cooperação técnica e institucional.
Ciência e inovação como prioridade - Durante o Fórum Econômico Brasil-Vietnã, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos (PCdoB), anunciou a realização da primeira reunião do Comitê Conjunto Brasil-Vietnã de Ciência, Tecnologia e Inovação, agendada para o segundo semestre de 2025. “Será uma oportunidade em que poderemos definir nossas prioridades de cooperação, planejar ações e iniciar sua implementação”, declarou.
A ministra também reafirmou o interesse do Brasil em estreitar laços nas áreas de semicondutores, inteligência artificial, tecnologias quânticas, transição energética e biodiversidade. Destacou, ainda, a proposta de criação de um Centro Brasil-Vietnã em semicondutores, com foco na capacitação de mão de obra e desenvolvimento tecnológico. “Quero reforçar a proposta que fizemos em 2023 [...] da criação de um Centro Brasil-Vietnã em semicondutores para capacitação e qualificação de recursos humanos, além de pesquisa e desenvolvimento de componentes".
Luciana Santos reiterou o objetivo ambicioso do governo brasileiro de formar 50 mil especialistas em tecnologias da informação e comunicação (TICs), essenciais para o crescimento sustentável de ambos os países.
Mercado da carne bovina reaberto - Outro marco importante da viagem foi o anúncio da reabertura do mercado vietnamita à carne bovina brasileira, feito pelo presidente Lula e confirmado pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD). “Estamos trabalhando intensamente na relação comercial dos produtos agropecuários para o Vietnã e a presença do presidente Lula foi fundamental para essa reabertura tão esperada que é o acesso da carne bovina brasileira aos consumidores vietnamitas”, afirmou o ministro.
Com isso, o Vietnã passou a ocupar a quarta posição entre os principais destinos das exportações agropecuárias do Brasil, atrás apenas da China, União Europeia e Estados Unidos.
Cooperação industrial e comercial - Representando o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, participou da assinatura de um memorando de entendimento que cria o Grupo de Direção de Cooperação Comercial e Industrial. A iniciativa visa impulsionar áreas estratégicas como biotecnologia, transformação digital, energias renováveis e inteligência artificial.
O grupo também será responsável por desenvolver estudos conjuntos, programas de capacitação e intercâmbio de informações, com foco na ampliação e diversificação das trocas comerciais.
“Com a assinatura do memorando, Brasil e Vietnã renovam esforços conjuntos para fortalecer a parceria em temas econômicos e comerciais”, declarou Alckmin, de Brasília.
Meta de US$ 15 bilhões até 2030 - Durante encontro com o presidente vietnamita, Luong Cuong, Lula estabeleceu como meta alcançar um volume de comércio bilateral de US$ 15 bilhões até o ano de 2030. Ambos os líderes destacaram a importância da diversificação comercial e expressaram entusiasmo com as perspectivas de negócios em áreas como proteína animal e aviação.
Energia e biocombustíveis - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), também integrou a comitiva e destacou as oportunidades de cooperação energética, especialmente em biocombustíveis. “O Brasil pode ser o maior fornecedor do Vietnã de insumos para biocombustíveis”, disse Silveira, ao defender o potencial de parcerias na produção de etanol e no uso da cana-de-açúcar.
Silveira também convidou autoridades vietnamitas para dois eventos internacionais: o Summit de Planejamento Global para a Transição Energética, em junho no Rio de Janeiro, e a COP30, marcada para novembro em Belém (PA).
Novos acordos e diplomacia cultural - Outros atos assinados durante a visita incluem acordos sobre o exercício de atividades remuneradas por dependentes de missões diplomáticas e a troca de informações classificadas. Em gesto simbólico de aproximação cultural, foi firmado ainda um memorando de cooperação entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Federação Vietnamita de Futebol (VFF), reforçando o intercâmbio esportivo entre os países.

Guilherme Levorato

Brasil e Vietnã firmam novos acordos estratégicos e ampliam cooperação em ciência, comércio e energia

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou neste sábado (29) sua visita oficial ao Vietnã com um discurso de forte significado geopolítico e econômico durante o Fórum Econômico Brasil-Vietnã, realizado em Hanói. Segundo a Agência Brasil, Lula classificou a missão como “a mais produtiva e mais importante que o Brasil faz ao Vietnã” e anunciou uma nova fase na parceria estratégica entre os dois países, com destaque para a abertura do mercado vietnamita à carne bovina brasileira e a assinatura de um amplo plano de cooperação.
“Essa é a viagem mais produtiva e mais importante que o Brasil faz ao Vietnã. É o marco de uma nova fase de cooperação”, afirmou o presidente diante de empresários, ministros e autoridades dos dois países. O fórum reuniu representantes de setores como bioenergia, proteína animal, alimentos, aviação, pesquisa agropecuária, mineração e indústria têxtil, além de representantes da Câmara de Comércio Brasil-Vietnã.
<h3>Integração econômica e aproximação Mercosul-Vietnã</h3>
Lula destacou que a abertura do mercado vietnamita à carne bovina brasileira é apenas o primeiro passo de uma trajetória mais ambiciosa. Ele propôs o lançamento de negociações para um acordo comercial entre o Mercosul e o Vietnã, com o Brasil assumindo papel de liderança ao assumir a presidência do bloco. “O Brasil será a porta de entrada do Vietnã para a América Latina”, afirmou.
Em resposta, o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chính, reforçou a reciprocidade: “O Vietnã constitui a porta de entrada para o Brasil. Estamos dispostos a facilitar essa entrada de mercadorias brasileiras no mercado da Ásia. E agradecemos ao Brasil por abrir caminho para os produtos vietnamitas no Mercosul”.
<h3>Crescimento nas trocas comerciais e reconhecimento do Vietnã como economia de mercado</h3>
Desde a primeira visita de Lula ao país, em 2008, o comércio bilateral saltou de US$ 534 milhões para US$ 7,7 bilhões em 2024, com superávit brasileiro de US$ 405 milhões. A meta agora é alcançar US$ 15 bilhões até 2030. Lula também anunciou que o Brasil reconhece o Vietnã como uma economia de mercado. “Essa decisão é consequência da maturidade do nosso relacionamento econômico”, declarou.
<h3>Cooperação em educação, ciência e cultura</h3>
O presidente brasileiro defendeu a ampliação da cooperação em áreas como educação, ciência e cultura. “É importante que nossas universidades conversem mais. É preciso aprofundar a relação cultural, porque o Vietnã tem uma cultura muito rica e o Brasil tem uma cultura muito rica. Também devemos avançar no esporte e no intercâmbio de especialistas”, destacou.
Lula também agradeceu o apoio do Vietnã à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta pelo Brasil no âmbito do G20 em 2024.
<h3>Oportunidades para a Embraer no Sudeste Asiático</h3>
Lula demonstrou otimismo com o avanço da Embraer no mercado asiático, citando o recente contrato com a japonesa ANA para fornecimento de até 20 jatos e sinalizando que a Vietnam Airlines pode ser a próxima a integrar a frota da fabricante brasileira. “A Embraer está pronta para fornecer à Vietnam Airlines aeronaves ideais para ampliar a conectividade no Sudeste Asiático, com oferta de centros de treinamento e manutenção no país”, afirmou.
Ele também mencionou que os cargueiros C-390 Millennium podem atender às necessidades da Força Aérea do Vietnã, abrindo caminho para cooperação na área de defesa.
<h3>Parceria em energias renováveis e combate à mudança climática</h3>
Lula reforçou a importância de parcerias no campo das energias limpas. “A descarbonização não é uma escolha, é uma necessidade e uma oportunidade. Temos décadas de experiência em biocombustíveis de baixo custo para aviação e geração elétrica. Também há grande potencial de cooperação em energia eólica, solar e hidrogênio verde”, explicou.
O presidente também antecipou a proposta que o Brasil levará à COP30, em Belém: o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, destinado a apoiar financeiramente países que preservam seus biomas. “Convidamos o Vietnã a apoiar essa iniciativa e a apresentar metas ambiciosas para o clima”, declarou.
<h3>Assinatura do Plano de Ação e nova Parceria Estratégica</h3>
Na véspera do fórum, Lula e o presidente do Vietnã, Luong Cuong, assinaram o Plano de Ação para Implementação da Parceria Estratégica, que engloba áreas como defesa, economia, comércio, ciência, meio ambiente, transição energética, cultura e cooperação consular. O objetivo é aprofundar o diálogo político, aumentar os investimentos e ampliar a coordenação em fóruns multilaterais.
<h3>Visita histórica e presença ministerial</h3>
A comitiva brasileira incluiu os ministros Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Renan Filho (Transportes), Marina Silva (Meio Ambiente), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Carlos Fávaro (Agricultura). Antes do fórum, Lula visitou o Museu de História Militar do Vietnã, acompanhado da vice-presidente Vo Thi Anh Xuan.
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Redação Brasil 247

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do Primeiro-Ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, durante encerramento do seminário empresarial Brasil-Vietnã.
Hotel Sofitel Legend Metropole Hanoi - Vietnã.
 
Foto: Ricardo Stuckert / PR

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Poder

“Viagem ao Vietnã marca uma nova fase de cooperação”, diz Lula

247 - Em visita oficial ao Japão nesta semana, o presidente Lula e sua delegação de ministros assinaram uma série de acordos para ampliar a cooperação bilateral entre os dois países, abrangendo meio ambiente, recuperação de pastagens, tecnologia digital e pesquisa científica. Os detalhes foram divulgados após reunião com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba.&nbsp;
Entre as iniciativas está um memorando sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), assinado pelo ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e seu homólogo japonês, Murakami Seiichiro.&nbsp;
Segundo Juscelino Filho, a parceria "impulsionará a inovação, a inclusão digital e o desenvolvimento sustentável no Brasil", promovendo intercâmbio de conhecimento nas áreas de telecomunicações, serviços postais e economia digital.
Na área agropecuária, o ministro brasileiro Carlos Fávaro assinou com o ministro japonês da Agricultura, Taku Eto, uma carta de intenções para recuperar até 40 milhões de hectares de pastagens degradadas no Brasil.&nbsp;
"Nosso programa visa dobrar a produção sem precisar derrubar uma árvore sequer no Cerrado ou na floresta", afirmou Fávaro. O objetivo é promover práticas sustentáveis e fortalecer a segurança alimentar.
Já na questão ambiental, a ministra Marina Silva e o ministro japonês Keiichiro Asao assinaram acordo com foco na mitigação das mudanças climáticas, conservação da biodiversidade, economia circular e gestão sustentável de resíduos.&nbsp;
Marina destacou que a iniciativa fortalece a cooperação rumo à COP30, com destaque para "mitigação, adaptação, meio ambiente urbano, tecnologia e mecanismos inovadores de financiamento".
Por fim, o ministro da Educação, Camilo Santana, firmou parceria com o Japão para retomar programas conjuntos de pesquisa científica interrompidos pela pandemia de covid-19. Santana ressaltou que a cooperação ampliará a internacionalização da educação superior brasileira.

Em visita de Lula, Brasil amplia cooperação com Japão em áreas estratégicas

247 – Em um importante gesto diplomático, China e Japão reafirmaram o compromisso de aprofundar sua cooperação econômica durante a sexta edição do Diálogo Econômico de Alto Nível entre os dois países, realizada neste sábado (22) em Tóquio. A reunião foi co-presidida pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi — que também integra o Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista Chinês — e pelo chanceler japonês Takeshi Iwaya. A cobertura é da agência estatal chinesa Xinhua.
O encontro contou com a participação de representantes de 15 ministérios e órgãos governamentais de ambos os países, refletindo a abrangência da pauta bilateral. Ao final do diálogo, foram anunciados 20 pontos de consenso, abrangendo temas como desenvolvimento verde, proteção ambiental, cuidado com idosos, comércio de serviços, segurança alimentar, cadeias produtivas e proteção da propriedade intelectual.
“A China e o Japão devem trabalhar juntas para construir uma relação econômica e comercial estável e construtiva que atenda às exigências de uma nova era”, destacaram os dois chanceleres em nota conjunta. Também ficou acertado que ambos os países apoiarão mutuamente a realização de eventos em seus territórios e manterão consultas frequentes em diferentes níveis.
O diálogo teve como foco a implementação dos entendimentos alcançados previamente entre os líderes dos dois países. Um dos objetivos centrais, segundo as autoridades presentes, é enriquecer o componente econômico da parceria estratégica de benefício mútuo que vem sendo cultivada entre Pequim e Tóquio.
Por fim, os dois governos concordaram que a sétima rodada do Diálogo Econômico de Alto Nível será realizada na China, em data ainda a ser definida. A realização contínua desse mecanismo de alto nível reflete o interesse das duas maiores economias da Ásia em manter abertos os canais de cooperação em meio a um cenário global cada vez mais desafiador.

China e Japão alinham cooperação de alto nível

China e Japão avançam em diálogo econômico com consenso sobre 20 áreas estratégicas

247 - Sob a liderança do Brasil, o Grupo de Trabalho de Turismo do BRICS (BRICS Tourism Working Group) realizou sua primeira reunião técnica de 2025 por videoconferência, entre os dias 17 e 18 de março. A iniciativa marca o início de uma nova fase de debates e propostas voltadas ao fortalecimento do turismo regional e da cooperação entre os países do Sul Global.&nbsp;
Durante os dois dias de encontros, representantes dos onze países membros — Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Indonésia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos — compartilharam estratégias nacionais e discutiram propostas para impulsionar o turismo como motor de desenvolvimento econômico, social e ambiental.
O Ministério do Turismo do Brasil apresentou um relatório técnico que delineia a situação atual do turismo regional nos países do bloco e recomenda ações conjuntas. Entre as propostas destacadas estão investimentos em infraestrutura, diversificação dos destinos turísticos, qualificação profissional, estímulo à cooperação público-privada, ampliação de linhas de financiamento e ações de promoção dos destinos.
Em vídeo exibido aos participantes, a secretária-executiva do MTur, Ana Carla Lopes, destacou o potencial do turismo sustentável. “Devemos continuar fortalecendo o turismo como uma ferramenta estratégica de cooperação. Temos certeza de que este grupo continuará a atuar como motor para impulsionar ações positivas para nossas nações e para o mundo”, afirmou.
Um dos temas mais debatidos foi o incentivo à atração de nômades digitais — profissionais que trabalham remotamente e têm o turismo como estilo de vida. Para isso, o Brasil distribuiu aos demais países um questionário online a fim de coletar informações e alinhar políticas voltadas a esse público específico.
A diversidade entre os países do BRICS, intensificada com a recente ampliação do bloco, também foi mencionada como oportunidade estratégica. Kamila Zardini, chefe substituta da Assessoria de Relações Internacionais do MTur e coordenadora das reuniões online, reforçou a importância da troca de experiências entre os membros. “Apesar de haver semelhanças, os países do BRICS apresentam uma diversidade significativa e estão geograficamente distantes uns dos outros. Essa diversidade oferece uma oportunidade única para compartilhar boas práticas, aprendizado mútuo e fortalecer a cooperação no setor de turismo”, afirmou.
A agenda do grupo prevê um novo encontro técnico presencial em 9 de maio, em Brasília. Três dias depois, no mesmo local, os ministros do Turismo dos países do BRICS participarão de uma reunião para consolidar as propostas discutidas em uma declaração conjunta. A expectativa é de que o documento funcione como base para a integração de políticas e ações de fomento ao turismo entre os membros do bloco.

Reunião do Grupo de Trabalho de Turismo do BRICS

Brasil propõe cooperação turística entre países do BRICS e aposta no fortalecimento do turismo regional

247 – Em reunião virtual realizada neste sábado (21), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Zheng Shanjie, deram mais um passo para consolidar a cooperação estratégica entre Brasil e China. De acordo com informações da Agência Gov, a iniciativa busca viabilizar uma ampla carteira de projetos bilaterais, baseados em acordos assinados durante a recente visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil.
A intenção, conforme divulgado pela Casa Civil, é aproveitar os atos firmados pelos presidentes Lula e Xi Jinping para fomentar investimentos, sobretudo em infraestrutura, cadeias produtivas, energia limpa, transformação ecológica e tecnologias estratégicas. Para auxiliar na viabilização financeira desses projetos, a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como “banco dos Brics”, Dilma Rousseff, participou do encontro, reforçando o papel da instituição no aporte de recursos para as novas parcerias. O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, também compôs a mesa de negociação.
As autoridades destacaram duas forças-tarefas prioritárias, formalizadas no Plano de Cooperação Brasil-China, que foi assinado em novembro. Uma delas irá definir iniciativas para concretizar o eixo de cooperação financeira, e a outra será responsável por projetos nos setores de infraestrutura, cadeias produtivas, sustentabilidade ambiental, transição energética e inovação. “É essencial unirmos esforços em atividades já estruturadas, como o Novo PAC, o Plano Nova Indústria Brasil, o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana”, explicou Rui Costa.
O ministro brasileiro ressaltou que as diversas pastas do governo federal serão envolvidas nessas forças-tarefas, sob a coordenação da Casa Civil, para garantir a consistência e a eficiência dos projetos. A expectativa é que, até fevereiro de 2025, uma lista inicial de iniciativas prioritárias seja apresentada ao governo chinês, de modo a avançar nos trâmites de financiamento e execução.
Além de Rui Costa, Zheng Shanjie e Dilma Rousseff, a reunião contou com a presença do embaixador Zhu Qingqiao, de outras dez autoridades chinesas, entre vice-ministros e chefes de departamentos, além da secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello.
A reunião virtual reforça a importância da parceria Brasil-China, que tem na cooperação financeira, na inovação tecnológica e no compromisso com o desenvolvimento sustentável seus principais pilares. Esses entendimentos, segundo os participantes, deverão resultar em maior competitividade econômica e social para ambos os países a partir de 2025.

Reunião do presidente Lula com o  presidente da República Popular da China, Xi Jinping, no Palácio da Alvorada  Foto: Ricardo Stuckert / PR

Economia

Brasil e China fortalecem cooperação estratégica para impulsionar desenvolvimento sustentável

247 – O vice-presidente Geraldo Alckmin recebeu, nesta terça-feira (10), o primeiro-ministro da República Eslovaca, Robert Fico, em Brasília. O encontro oficial resultou na assinatura de importantes acordos entre os dois países, abordando áreas como defesa, segurança, inteligência e comércio. A notícia foi divulgada pela Agência Gov, por meio do portal do Planalto.
Entre os destaques das assinaturas, estão um memorando de entendimento entre o Instituto Rio Branco e o Ministério de Negócios Estrangeiros e Assuntos Europeus da Eslováquia, além de um protocolo que atualiza a Convenção Brasil-Tchecoslováquia, de 1986, voltado para evitar a bitributação e prevenir a evasão fiscal. “Os acordos que assinamos trarão novas oportunidades, como a cooperação em defesa e segurança cibernética, além de garantir mais previsibilidade para o comércio bilateral e investimentos recíprocos”, afirmou Alckmin.
Parceria estratégica e Mercosul 
O vice-presidente ressaltou a conclusão das negociações entre o Mercosul e a União Europeia, que contou com apoio eslovaco. Ele destacou o impacto do acordo, que reúne economias com um PIB combinado de cerca de US$ 22 trilhões. “Representa muito mais do que um acordo comercial. Simboliza a aproximação de duas regiões capazes de influenciar a governança global”, disse Alckmin, enfatizando o compromisso com o comércio multilateral e a proteção ambiental.
Robert Fico, por sua vez, destacou a relevância do Brasil como ator global e celebrou a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Parabenizamos o Brasil pela presidência exitosa do G20 e pela adoção do documento sobre combate à fome e pobreza. É uma honra sermos uma das partes fundadoras da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, declarou Fico.
Relações bilaterais e perspectivas econômicas 
Desde o estabelecimento das relações diplomáticas em 1993, após a dissolução da Tchecoslováquia, Brasil e Eslováquia têm aprofundado sua cooperação. A inauguração da Embaixada do Brasil em Bratislava, em 2008, marcou um passo significativo nesse processo.
O comércio bilateral alcançou US$ 432 milhões entre janeiro e outubro de 2024, com destaque para exportações brasileiras de couro e produtos industriais e importações eslovacas de automóveis e equipamentos eletrônicos. “Esperamos que os laços entre o Brasil e a Eslováquia continuem se fortalecendo em benefício de um mundo de paz e prosperidade”, concluiu Alckmin.

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Brasil e Eslováquia ampliam cooperação estratégica com acordos em defesa e comércio

Agência BNDES - As relações entre Brasil e China foram debatidas nesta segunda-feira, 14, na conferência internacional “Governança Global e Cooperação China-Brasil”, realizada na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por iniciativa do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS) e do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CBAE-UFRJ).
Na mesa de abertura, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante defendeu a criação de um fundo bilateral de integração estratégica que funcionaria como uma porta de entrada para investimentos de empresas de setores diversos, como agronegócio sustentável e descarbonização da indústria. “Poderíamos fazer de forma mais ágil e eficiente se houver uma gestão coordenada entre o BNDES e o seu parceiro na China”, argumentou. Outro desafio, segundo ele é uma maior integração entre os sistemas financeiros dos dois países, com maior presença nacional no mercado de capitais da China.
Também presente no evento, a ministra Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, destacou a relevância de ampliar a parceria bilateral em um ano marcado pelo 50º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países e pela realização da reunião de cúpula do G20 no Rio de Janeiro, em novembro, com a presença do presidente chinês, Xi Jinping.
Para o presidente do BNDES, Brasil e China têm ambições comuns e muita convergência em iniciativas diplomáticas estratégicas, especialmente aquelas voltadas para a paz e a estabilidade global, a redução da pobreza, o enfrentamento da crise climática e a sustentabilidade do desenvolvimento. Mercadante avaliou que essa parceria se torna ainda mais relevante e desafiadora em um momento geopolítico de grandes mudanças, com guerras no Oriente Médio e no leste europeu, além do crescimento de barreiras unilaterais que exigem do Sul Global a criação de estratégias de defesa comercial.
“Brasil e China têm que sair do conceito de vantagem competitiva para vantagem colaborativa. Somos complementares em muitas coisas e podemos fazer muito pela paz mundial, pela segurança alimentar, pela transição energética e pelo combate à crise climática. O desafio é melhorar a qualidade das nossas relações comerciais”, disse Mercadante, lembrando que metade do superávit comercial brasileiro no ano passado foi com a China.
Mercadante também citou o interesse do Brasil em parcerias nas áreas de inteligência artificial, transição digital e infraestrutura – incluindo ferrovias, metrôs e trens urbanos –, com projetos que incluam transferência de tecnologia. Segundo ele, o BNDES tem vários acordos prontos a serem assinados com a China e os anúncios devem ocorrer na visita do presidente Xi Jinping.
“Na visão do governo brasileiro, é preciso aprofundar essa relação comercial e torná-la mais estratégica, avançando em diferentes áreas e produtos”, reforçou a ministra Esther Dweck. Para ela, fortalecer a cooperação entre os dois países é fundamental para garantir caminhos de desenvolvimento sustentável, enfrentar as crises econômicas e promover reformas na arquitetura financeira internacional. A ministra também ressaltou que Brasil e China têm liderado a reforma da governança global, num momento que pede por soluções inovadoras e novas vozes.
O presidente da CASS, Gao Xiang, contou que a China está disposta a trabalhar com o Brasil para aprofundar a cooperação em áreas como agricultura, infraestrutura, desenvolvimento verde, energia limpa e transição energética. “Compartilhamos posições semelhantes em questões relacionadas à paz e ao desenvolvimento mundial. Devemos promover as relações bilaterais para construir um futuro compartilhado entre os dois países”, disse.

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