<p><b>247 </b>- O cantor e compositor Arlindo Cruz, ícone do samba e referência na música brasileira, foi sepultado na tarde deste domingo (10) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio. A cerimônia de enterro, restrita a familiares e amigos próximos, manteve o tom que marcou sua trajetória: cercada de música e afeto. As informações são do <a href="https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/08/10/corpo-de-arlindo-cruz-e-enterrado-no-rio.ghtml">G1.</a></p>
<p>O velório, iniciado na noite de sábado (9), aconteceu na quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira, na Zona Norte, e se estendeu pela madrugada até a manhã de domingo. Centenas de pessoas, entre parentes, colegas de profissão e fãs vestidos de branco, participaram da despedida, que seguiu tradições de religiões de matriz africana — com batucada, cânticos e um clima de celebração da vida do artista.</p>
<p>O filho do sambista, Arlindinho, emocionou o público ao tocar cavaquinho e cantar alguns dos maiores sucessos do pai, incluindo “O Show Tem Que Continuar”. Segundo ele, a cerimônia aconteceu exatamente como Arlindo gostaria. “Meu pai, até na hora de partir, foi ensinamento, de sempre lutar, lutar pela vida, lutar para estar aqui, para estar perto dos filhos, perto de quem ama. Mas ele vai estar sempre vivo. O legado dele tá aí, a obra, os ensinamentos dele estão aí”, disse.</p>
<p>Arlindinho também destacou a capacidade do pai de transformar dificuldades em momentos especiais: “Meu pai fazia do pior momento, o momento mais especial. Ele extraía o melhor até da pior situação”.</p>
<p>A despedida reforçou a ligação de Arlindo Cruz com o samba, a comunidade e a cultura popular, encerrando um ciclo com a mesma energia que o consagrou ao longo de décadas de carreira.</p>

Laís Gouveia

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Cultura

Corpo de Arlindo Cruz é enterrado no Rio em despedida com música e emoção

<p><b>247 – </b>A despedida de Arlindo Cruz, um dos maiores ícones do samba brasileiro, transformou a quadra do Império Serrano em palco de emoção e celebração na noite deste sábado (9). A informação é da <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2025-08/sambista-perfeito-arlindo-cruz-e-celebrado-com-festa-no-imperio-serrano"><b>Agência Brasil</b></a>. Centenas de familiares, amigos e fãs se reuniram para prestar homenagens ao cantor e compositor, que marcou a história do gênero com sua poesia e voz inconfundível. O velório seguiu até a madrugada, com música, dança e lembranças, no melhor estilo do tradicional <i>gurufim</i>, ritual de origem africana que celebra a vida com alegria, comida e bebida.</p>
<p>Os portões do Império Serrano foram abertos às 18h, e a cerimônia teve início com toques de atabaques para os orixás, conduzida pelo terreiro Ilê Osè Yobá, frequentado por Arlindo, filho de Xangô. Logo depois, uma roda de samba embalada por seus maiores sucessos tomou conta do espaço, acompanhada da distribuição de chope.</p>
<h2>Emoção e legado</h2>
<p>Entre as homenagens, o filho do artista, Arlindinho, emocionou o público ao cantar “O show tem que continuar”, clássico do Grupo Fundo de Quintal composto por Arlindo, Sombrinha e Luiz Carlos da Vila. “O ensinamento que ele me deu é de luta, perseverança e de ser um sambista vencedor. É isso que eu vou fazer: seguir lutando e honrando o nome dele”, afirmou.</p>
<p>O coreógrafo e passista Carlinhos de Jesus, que enfrenta problemas de saúde e compareceu em cadeira de rodas, destacou a grandeza do amigo: “Perdi um amigo e um irmão. Vai a matéria, mas a obra dele, a história dele, a lembrança dele vai ficar conosco. Ligou o rádio, vai ter uma música dele. Hoje ele se torna o maior poeta do samba. Uma personalidade incrível que retratou a história de cada um de nós”.</p>
<p>O cantor e compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz lembrou a capacidade única de Arlindo de conquistar diferentes públicos: “Arlindo é um gênio e conseguiu fazer esse samba tradicional e que a massa inteira que curtia um outro tipo de música pudesse curtir o Arlindo. O coração mais generoso da música brasileira era o Arlindo”.</p>
<h2>Memórias de uma amizade</h2>
<p>A vice-presidente do Império Serrano, Paula Maria, recordou momentos pessoais ao lado do sambista: “Eu sou muito grata a Deus por ter tido a oportunidade de conviver e ver o gênio. Ele gravou no terreno da minha casa a canção <i>Estrela de Madureira</i>. Me falou que aquela música seria a virada de chave para ser reconhecido como cantor, e foi o que aconteceu”.</p>
<p>Já o imperiano Wagner Francisco, de 64 anos, ressaltou a importância de Arlindo para a história da escola: “Eu pensei que quando perdemos Roberto Ribeiro, não teríamos ninguém para substituí-lo. Mas aí apareceu o Arlindo Cruz, que com sua genialidade ganhou mais de dez sambas-enredo pelo Império Serrano. Ele estará sempre presente em nossa memória, assim como Roberto Ribeiro e Dona Yvone Lara”.</p>
<h2>Última despedida</h2>
<p>As homenagens na quadra se encerram às 10h deste domingo (10), com uma cerimônia íntima para familiares e amigos. Em seguida, o corpo seguirá para o Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, onde será sepultado às 11h.</p>
<p>Neste sábado, às 23h, a TV Brasil reexibiu o programa <i>Samba na Gamboa</i>, apresentado por Teresa Cristina e com participação de Arlindinho, em homenagem ao pai. Na sexta-feira, o programa <i>Sem Censura</i>, comandado por Cissa Guimarães, exibiu uma edição especial já gravada, com participação de Babi Cruz, esposa do músico, e do escritor Marcos Salles, autor da biografia <i>O Sambista Perfeito</i>.</p>

Redação Brasil 247

Sambista perfeito: Arlindo Cruz é celebrado com festa e emoção no Império Serrano

<p><b>247 – </b>O cantor e compositor Caetano Veloso usou as redes sociais nesta sexta-feira (8) para lamentar a morte de Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba brasileiro. “Morreu o maior sambista moderno. Arlindo Cruz tinha a voz luminosamente aguda e era um deus ao cantar suas próprias melodias mágicas ou a de outros onde ele se reencontrava. Eu tive a honra de, nervoso, dividir com ele a Trilha do Amor de André Renato, Xande e Gilson Bernini. Momento inesquecível. Viva para sempre a música de Arlindo”, escreveu Caetano.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560"><p lang="pt" dir="ltr">Morreu o maior sambista moderno. Arlindo Cruz tinha a voz luminosamente aguda e era um deus ao cantar suas próprias melodias mágicas ou a de outros onde ele se reencontrava. Eu tive a honra de, nervoso, dividir com ele a Trilha do Amor de André Renato, Xande e Gilson Bernini.… <a href="https://t.co/8ArmN2YJQH">pic.twitter.com/8ArmN2YJQH</a></p>&mdash; Caetano Veloso (@caetanoveloso) <a href="https://twitter.com/caetanoveloso/status/1953914395609764172?ref_src=twsrc%5Etfw">August 8, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p>Arlindo morreu no Rio de Janeiro, aos 66 anos, após enfrentar complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico sofrido em março de 2017. Desde então, o sambista lidava com sequelas graves, tendo passado por diversas internações e ficando afastado dos palcos nos últimos anos.</p>
<h2>Uma trajetória marcada pela devoção ao samba</h2>
<p>Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, Arlindo Domingos da Cruz Filho começou cedo sua relação com a música. Aos 7 anos, ganhou seu primeiro cavaquinho e, aos 12, já tocava “de ouvido”, aprendendo violão com o irmão Acyr Marques. Sua formação incluiu estudos de teoria e violão clássico na escola Flor do Méier, mas foi nas rodas de samba que encontrou seu verdadeiro espaço.</p>
<p>Candeia, um dos grandes mestres do gênero, tornou-se seu padrinho musical e mentor. Com seu incentivo, Arlindo gravou o primeiro LP, <i>Roda de Samba</i>, que mais tarde foi relançado em CD.</p>
<h2>Fundo de Quintal e parcerias históricas</h2>
<p>A consagração veio em 1981, quando Arlindo entrou para o grupo Fundo de Quintal, substituindo Jorge Aragão. Em 12 anos de atuação, ajudou a imortalizar canções como “Seja sambista também”, “Só Pra Contrariar” e “O Mapa da Mina”. Sua saída, em 1993, marcou o início de uma carreira solo igualmente vitoriosa.</p>
<p>Como compositor, foi gravado por nomes como Zeca Pagodinho e Beth Carvalho. Entre os sucessos estão “Bagaço de Laranja” (Zeca) e “Jiló com Pimenta” (Beth), hinos que se tornaram parte do repertório essencial do samba. Ao todo, Arlindo teve mais de 550 músicas registradas por intérpretes diversos, consolidando seu lugar na história da música popular brasileira.</p>
<h2>Legado eterno</h2>
<p>Mesmo afastado dos palcos, Arlindo Cruz seguiu sendo referência e inspiração para sambistas de todas as gerações. Sua obra, marcada por letras poéticas, melodias envolventes e profundo respeito à tradição do gênero, continuará a ecoar nas rodas de samba e nas vozes de quem mantém viva essa herança cultural.</p>
<p>A despedida de Caetano Veloso reforça a dimensão de sua perda: um artista que, para além do talento, simbolizava a essência do samba moderno no Brasil.</p>

“Morreu o maior sambista moderno", diz Caetano Veloso

<p><b>247</b> - Diferentes artistas prestam belas homenagens ao sambista Arlindo Cruz, que morreu aos 66 anos, após enfrentar complicações de saúde por conta de um AVC sofrido em 2017. </p>
<p>O dramaturgo Walcyr Carrasco também se pronunciou. “O samba chora a partida de um de seus maiores mestres. Arlindo nos deixa um legado eterno de música, poesia e alegria”, afirmou.</p>
<p>O músico Zeca Pagodinho, também de 66 anos, deixou sua homenagem. "Morre hoje meu compadre, meu parceiro, meu amigo Arlindo Cruz. Que Deus te receba de braços abertos. Sofreu muito, agora precisa descansar um pouco. Vai com Deus, meu compadre", escreveu o cantor nas redes sociais.</p>
<p>O músico Dudu Nobre também se pronunciou. “Arlindo foi um grande mestre, um grande gênio. A gente teve o privilégio de viver no mesmo tempo que ele, poder ver tanta genialidade”.</p>

Leonardo Lucena

Artistas lamentam a morte de Arlindo Cruz: 'deixa um legado eterno de música, poesia e alegria'

<p><b>247 - </b>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou, nesta sexta-feira (8), a morte de Arlindo Cruz, aos 66 anos, no Rio de Janeiro. Em nota publicada nas redes sociais, Lula homenageou o cantor e compositor, reconhecendo sua importância para a cultura nacional e o classificando como “o Sambista Perfeito”. </p>
<p>“Com profunda tristeza, recebi a notícia do falecimento de Arlindo Cruz, aos 66 anos. Arlindo foi um dos compositores e artistas mais talentosos e respeitados do Brasil. Em essência, o Sambista Perfeito. Arlindo nos deixa um legado de talento, poesia e generosidade, que ficará para sempre na nossa memória”, escreveu Lula no X (antigo Twitter).</p>

Luis Mauro Filho

Lula lamenta morte de Arlindo Cruz: “sambista perfeito”

<p><b>247 - </b>A morte de Arlindo Cruz, nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, gerou comoção entre políticos e representantes do governo federal, que prestaram homenagens ao artista por meio das redes sociais. O cantor e compositor estava internado no Centro de Terapia Intensiva da Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, tratando uma pneumonia. A família confirmou o falecimento.</p>
<p>Referência incontornável do samba, Arlindo enfrentava problemas de saúde desde 2017, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) enquanto tomava banho. Desde então, passou a viver com severas limitações neurológicas, agravadas por uma doença autoimune e pela necessidade de sonda alimentar. Em julho, ele deixou de responder a estímulos e seu quadro passou a ser considerado irreversível.</p>
<p>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos primeiros a se pronunciar. “Com profunda tristeza, recebi a notícia do falecimento de Arlindo Cruz, aos 66 anos. Arlindo foi um dos compositores e artistas mais talentosos e respeitados do Brasil. Em essência, o Sambista Perfeito. Arlindo nos deixa um legado de talento, poesia e generosidade, que ficará para sempre na nossa memória. Minha solidariedade à família, aos amigos e a todos que foram tocados por sua arte”, escreveu o presidente em sua conta oficial.</p>
<p>A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também destacou a relevância do artista. “Recebo com tristeza a notícia da partida de Arlindo Cruz, mestre do samba, compositor brilhante e voz fundamental da nossa cultura popular. Sua música segue viva, atravessando gerações e tocando o coração do Brasil. Meus sentimentos à família, aos amigos e à comunidade do samba”, afirmou.</p>
<p>O vice-presidente Geraldo Alckmin, por sua vez, celebrou o repertório do sambista. “A música brasileira perdeu, hoje, um ícone. É com grande tristeza que recebemos a notícia do falecimento de Arlindo Cruz, um dos maiores sambistas do Brasil. Arlindo sempre foi uma fonte de inspiração. Suas canções, como 'Meu Lugar' e 'O Que É o Amor?', ecoarão por gerações, celebrando a beleza e a resistência do samba. Nossos sentimentos à família, amigos e fãs. Que sua memória e legado continuem a iluminar nossos corações.”</p>
<p>O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) também se manifestou. Em mensagem breve, escreveu: “Vá em paz, mestre Arlindo Cruz! Obrigado por todos os sambas.</p>

Mundo

Políticos lamentam morte de Arlindo Cruz e exaltam seu legado como mestre do samba

<p><b>247 - </b>O samba brasileiro perdeu uma de suas vozes mais emblemáticas. Nesta sexta-feira (8), morreu no Rio de Janeiro, aos 66 anos, o cantor e compositor Arlindo Cruz, conforme confirmado por sua esposa, Babi Cruz, ao <a href="https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/08/08/arlindo-cruz-cantor-e-compositor-morre-no-rio.ghtml?utm_source=twitter&amp;utm_medium=social&amp;utm_campaign=g1">g1</a>.</p>
<p>Arlindo Cruz enfrentava complicações de saúde desde março de 2017, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico após passar mal em casa. O sambista ficou internado por quase um ano e meio e, desde então, lidava com as sequelas da doença, passando por diversas internações. Nos últimos anos, ele não realizava mais apresentações públicas. &nbsp;</p>
<h2>Uma vida dedicada ao samba</h2>
<p>Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, Arlindo Domingos da Cruz Filho se tornou um dos nomes mais respeitados da música popular brasileira. Sua trajetória começou cedo: aos 7 anos, ganhou seu primeiro cavaquinho e, aos 12, já tocava "de ouvido", aprendendo violão ao lado do irmão Acyr Marques. &nbsp;</p>
<p>Sua formação musical incluiu estudos de teoria e violão clássico na escola Flor do Méier, mas foi nas rodas de samba que ele encontrou seu verdadeiro caminho. Candeia, lendário sambista, foi seu mentor e "padrinho musical", como o próprio Arlindo costumava se referir a ele. Com sua ajuda, gravou seu primeiro LP, "Roda de Samba", que mais tarde seria relançado em CD. &nbsp;</p>
<h2>Fundo de Quintal e parcerias históricas &nbsp;</h2>
<p>Arlindo Cruz ganhou destaque ao integrar o Fundo de Quintal, substituindo Jorge Aragão em 1981. Durante 12 anos no grupo, gravou sucessos como "Seja sambista também", "Só Pra Contrariar" e "O Mapa da Mina". Sua saída, em 1993, marcou o início de uma carreira solo de grande sucesso. &nbsp;</p>
<p>Zeca Pagodinho e Beth Carvalho foram alguns dos artistas que mais gravaram suas composições. Destaques incluem "Bagaço de Laranja" (Zeca) e "Jiló com Pimenta" (Beth), canções que se tornaram hinos do gênero. Ao todo, Arlindo teve mais de 550 músicas registradas por intérpretes diversos. &nbsp;</p>
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