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      China apresenta roteiro para implementação do plano nacional de inteligência artificial

      Governo chinês detalha medidas para integrar IA à economia e à vida social, destacando inovação e prevenção de competição desordenada

      Inteligência artificial (Foto: Yicai Global)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A principal agência de planejamento econômico da China divulgou um roteiro para a implementação do plano nacional de inteligência artificial+ (IA+), apresentado nesta semana. A notícia foi publicada originalmente pelo portal Yicai Global. O documento estabelece mecanismos de financiamento, reformas e medidas regulatórias para garantir a efetividade do plano, ao mesmo tempo em que busca evitar a chamada “competição desordenada”.

      Segundo Huo Fupeng, diretor do centro de desenvolvimento orientado pela inovação da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), o plano acelerará a integração da IA a tecnologias de ponta, como metaverso, aviação de baixa altitude, manufatura aditiva e chips cérebro-computador. Ele afirmou: “O plano impulsionará a inovação de produtos, fomentará novos modelos de negócios e abrirá espaço para uma nova demanda de consumo”. Além disso, o uso da inteligência artificial deverá melhorar a qualidade de vida em setores como entretenimento, comércio eletrônico, serviços domésticos, gestão de propriedades, transporte, cuidados com idosos e creches.

      Cooperação e regulação do mercado

      O vice-diretor do departamento de inovação e desenvolvimento de alta tecnologia da NDRC, Zhang Kailin, destacou que a prioridade é fortalecer a coordenação entre diferentes atores para “evitar resolutamente a competição desordenada e o comportamento de seguir a manada”.

      Li Chao, porta-voz da NDRC, ressaltou que, no segundo semestre de 2025, o foco será a criação de um mercado nacional unificado e a elaboração de um plano de ação para acelerar sua implementação. Entre as medidas previstas estão a remoção de barreiras de mercado, a regulação das atividades de promoção de investimentos de governos locais, a revisão da Lei de Preços e a publicação de novas regras para plataformas digitais. Também estão previstas ações conjuntas com outros órgãos governamentais para combater dumping abaixo do custo e publicidade enganosa.

      Estrutura do plano nacional de IA+

      O Conselho de Estado lançou o plano em 26 de agosto, estruturado em seis áreas principais: tecnologia, indústria, consumo, bem-estar social, governança e cooperação internacional. A iniciativa busca desenvolver nova infraestrutura, ecossistemas industriais inovadores e novos empregos, promovendo a expansão das chamadas forças produtivas de nova qualidade.

      O cronograma é dividido em três fases:

      •  Até 2027: integração ampla e profunda da IA nessas seis áreas, com adoção de dispositivos inteligentes de nova geração e agentes digitais superando 70% de penetração.
      •  Até 2030: taxa de adoção superior a 90%, consolidando a economia inteligente como motor central do crescimento e ampliando o acesso da população aos benefícios da IA.
      •  Até 2035: a China pretende entrar plenamente em uma nova etapa de desenvolvimento econômico e social inteligente, sustentando a modernização socialista.

      Impactos globais

      Com esse roteiro, a China sinaliza não apenas a intenção de modernizar sua economia interna, mas também de assumir protagonismo na governança global da inteligência artificial. A combinação entre inovação tecnológica, regulação econômica e promoção do bem-estar social posiciona o país como um dos principais polos mundiais da nova economia digital.

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