Autoridades confirmam 50 mortes após desabamento de escola na Indonésia
Pilhas de concreto caíram sobre centenas de adolescentes após o desabamento do internato islâmico
Feline Lim, Reuters - O número de mortos pelo desabamento de uma escola na Indonésia na semana passada subiu para pelo menos 50 pessoas, informaram autoridades de resgate nesta segunda-feira (6). Esse foi o desastre mais mortal do país neste ano.
Pilhas de concreto caíram sobre centenas de adolescentes após o desabamento do internato islâmico Al Khoziny, na cidade indonésia de Sidoarjo, na província de Java Oriental, deixando todos presos nos escombros.
Usando escavadeiras, as equipes de resgate removeram 80% dos escombros na noite de domingo (5) e encontraram corpos e restos mortais das vítimas, em sua maioria adolescentes, informou a agência de mitigação de desastres em um comunicado.
Budi Irawan, vice-presidente da agência de mitigação de desastres, afirmou que um total de 50 pessoas morreram com base nos corpos recuperados e que as equipes de resgate devem concluir as buscas por mais 13 vítimas soterradas até o final desta segunda-feira (6).
“O número de vítimas é o maior deste ano em um único prédio”, falou ele em uma coletiva de imprensa. “De todos os desastres de 2025, naturais ou não, não houve tantas vítimas mortas quanto os de Sidoarjo.”
Yudhi Bramantyo, funcionário da agência de busca e salvamento, disse na mesma coletiva de imprensa que outras cinco partes de corpos foram encontradas, indicando que o número de mortos é provavelmente de pelo menos 54 pessoas.
As equipes de resgate continuam as buscas, agência de busca e salvamento divulgou imagens de funcionários carregando sacos de corpos para fora das ruínas da escola.
As autoridades falaram que a causa do desabamento foram obras nos andares superiores que as fundações da escola não conseguiram suportar.
Em toda a Indonésia, existem cerca de 42 mil prédios escolares islâmicos, conhecidos localmente como pesantren, segundo dados do Ministério de Assuntos Religiosos do país.
Apenas 50 pesantren têm alvará de construção, disse Dody Hanggodo, ministro de Obras Públicas do país, citado pela mídia local no domingo (5).
Não está imediatamente claro se Al Khoziny, a escola que desabou, tinha alvará de construção.
A agência de notícias Reuters não conseguiu entrar em contato imediatamente com as autoridades escolares para obter comentários.