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Em depoimento à PF, Jorginho Mello nega ter presenciado conversa entre Bolsonaro e Valdemar

Governador catarinense foi intimado para explicar as declarações que sugeriram contato entre o ex-mandatário e o dirigente do PL, investigados no STF

Jorginho Mello (Foto: Roberto Zacarias/SECOM)
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247 - O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), prestou depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira (5), em Florianópolis, para esclarecer declarações que fez sobre uma possível comunicação entre Jair Bolsonaro (PL) e o dirigente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. O depoimento foi uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devido a uma investigação que apura se os políticos estariam envolvidos em um suposto planejamento de um golpe de Estado. O contato entre Bolsonaro e Costa Neto está proibido por determinação judicial.

Segundo o jornal O Globo, em seu depoimento Mello negou que tenha presenciado qualquer conversa entre Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, apesar de ter sugerido em uma entrevista à Jovem Pan que os dois "conversam bastante". Ele também afirmou que o tratamento recebido pela Polícia Federal foi respeitoso e que ele não estava sendo investigado, o que foi reiterado por seus auxiliares. A gestão estadual, entretanto, optou por não comentar oficialmente sobre o caso.

A fala de Mello gerou uma reação imediata de Jair Bolsonaro, que classificou o comentário do governador como uma "escorregada". "Na mesma entrevista, ele disse que lamenta eu não falar com Valdemar e diz que eu tenho falado muito com Valdemar. Não é verdade, foi um ato falho dele", declarou o ex-mandatário em uma coletiva sobre o assunto.

Em outro momento da entrevista, Jorginho Mello havia explicado que Valdemar Costa Neto estava "amargurado" com a decisão de Moraes que impôs o distanciamento entre ele e Bolsonaro. Segundo o governador, os dois políticos mantinham uma distância física de mais de 200 metros quando estavam no diretório nacional do PL em Brasília, evitando qualquer interação. 

A gestão catarinense, após a repercussão do episódio, afirmou que tanto Bolsonaro quanto Valdemar estão cumprindo a decisão judicial, embora considerem a medida injusta, conforme declaração do próprio governador.

O depoimento de Mello é parte da investigação sobre os possíveis vínculos e ações dos envolvidos nas investigações conduzidas pelo STF.

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