Justiça do Rio mantém prisão de Oruam por tentativa de homicídio contra policiais
Oruam foi preso no último dia 31 de julho, acusado de tentativa de homicídio qualificado
247 - A Justiça do Rio de Janeiro negou, nesta quarta-feira (6), um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, de 25 anos. O músico teve a prisão preventiva mantida e seguirá detido no Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio, onde divide cela com integrantes do Comando Vermelho desde segunda-feira (4).A reportagem foi publicada originalmente pela Folha de S.Paulo.
Oruam foi preso no último dia 31 de julho, acusado de tentativa de homicídio qualificado contra dois agentes da Polícia Civil: o delegado Moyses Santana Gomes e o oficial Alexandre Alves Ferraz. O episódio ocorreu na noite de 21 de julho, no bairro do Joá, também na zona oeste da cidade. Segundo a acusação, o rapper teria arremessado pedras contra os policiais com o objetivo de facilitar a fuga de um adolescente que estaria em sua residência naquele momento.
No pedido à Justiça, os advogados do artista argumentaram que a prisão seria “ilegal e desnecessária”, questionando a legalidade da operação policial e alegando falta de fundamentos concretos para a custódia. “O exame detido do decreto de prisão preventiva, somado às considerações relacionadas à própria nebulosidade da ação policial que redundou na prisão, indica de forma clara que a custódia processual é ilegal e desnecessária”, afirmou a defesa.
A solicitação foi analisada e negada pela desembargadora Marcia Perrini Bodart, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Em sua decisão, a magistrada destacou a gravidade da conduta atribuída ao rapper. “A postura audaciosa de Mauro, vulgo Oruam, incluindo desacato e ameaças aos agentes das forças policiais não se deu somente pelas redes sociais, mas também pessoalmente, consoante mídia publicada nas redes sociais, referente ao dia dos fatos, sendo extremamente grave e dela se denota que em futuras ocasiões atuará da mesma forma, sendo necessária a prisão para a garantia da ordem pública”, escreveu.
A defesa nega que Oruam tenha atentado contra a vida dos policiais. Em nota, o advogado Fernando Henrique Cardoso Neves declarou: “Mauro não atentou contra a vida de ninguém, e isto será devidamente esclarecido nos autos do processo que trata dos fatos”.O caso segue sob investigação e a defesa aguarda o andamento do processo para apresentar provas que, segundo os advogados, demonstrarão a inocência do artista.
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