Novo canudo promete detectar metanol em bebidas por preço acessível
O produto é fruto de uma pesquisa de dois anos feita pela UEPB. Confira o valor estimado do objeto
247 - Um canudo descartável e capaz de identificar a presença de metanol em bebidas destiladas deve chegar ao mercado com um valor estimado de R$ 2. O produto é fruto de uma pesquisa de dois anos feita pelo Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
De acordo com o professor e pesquisador Félix Brito, o projeto está em fase de depósito de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Os relatos foram publicados nesta segunda-feira (20) na coluna de Carlos Madeira, no Portal Uol.
Os protótipos dos canudos estão sendo testados na Fundação Parque Tecnológico de Campina Grande, onde está localizado o campus da UEPB. O pesquisador afirmou que a universidade foi procurada por duas grandes empresas interessadas em fabricar o canudo biodegradável.
"Como a demanda será gigante, a universidade está discutindo se repassa a tecnologia para uma empresa interessada ou se ela mesma assume a produção e comercialização, com apoio do governo, já que a cadeia produtiva desse setor é ampla e complexa. Mas a gente espera que em poucos meses o canudo esteja acessível".
UFPE
Em meio a uma onda de casos de intoxicação por metanol devido a bebidas adulteradas, pesquisadores do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveram um nariz eletrônico que consegue identificar a presença de metanol em bebidas alcoólicas. Basta uma única gota da bebida para o equipamento reconhecer odores estranhos em relação à bebida original.
"O nariz eletrônico transforma aromas em dados. Esses dados alimentam a inteligência artificial que aprende a reconhecer a assinatura do cheiro de cada amostra", explica o professor Leandro Almeida, do Centro de Informática.
São apresentadas amostras de bebidas sabidamente verdadeiras para que a máquina seja calibrada para aprender a reconhecê-las e depois são apresentadas versões adulteradas.
A leitura dos aromas é feita pelo equipamento em até 60 segundos. Ele detecta não só a presença de metanol como de qualquer outro tipo de adulteração, como por exemplo, bebidas diluídas em água. Os pesquisadores prometem uma margem de segurança de 98%.
O grupo de pesquisa também pensa em caminhos para viabilizar o uso da tecnologia no setor de bares, restaurantes e adegas. Umas das possiblidades é disponibilizar equipamentos para os donos dos estabelecimentos que revendem a bebida por meio de tótens acessíveis aos clientes. Outra ideia é produzir equipamentos portáteis para que a empresa que fabrica a bebida verifique, ela própria, se o produto oferecida nos estabelecimentos é realmente verdadeiro.
Por enquanto, a versão etílica do nariz eletrônico só foi testada em laboratório. Antes de ser comercializada, ela também precisa ser testada em ambiente real. Para tornar a tecnologia acessível estima-se que seria necessário um investimento de cerca de R$ 10 milhões (com Abr).


