Correia: postura de Eduardo Bolsonaro é ‘gravíssima, mas não adianta ele ameaçar o Brasil com bomba nuclear’
O filho de Jair Bolsonaro citou Donald Trump para fazer ameaças contra o território brasileiro
247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) demonstrou repúdio nesta quarta-feira (16) a iniciativa de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) após o deputado licenciado ameaçar o Brasil com um possível uso de bomba nuclear.
“Não adianta Eduardo nos ameaçar com bomba atômica. Um deputado ameaçar o próprio país com bomba atômica. É gravíssimo”, afirmou o parlamentar em discurso na Câmara.
Em postagem na rede social X, o filho de Jair Bolsonaro citou a presidência norte-americana para ameaçar o território brasileiro. “O presidente Donald Trump não jogou uma bomba nuclear no Brasil - ainda”, escreveu Eduardo ao compartilhar um comentário de Paulo Figueiredo, neto de João Figueiredo, que esteve à frente do regime ditatorial brasileiro no período 1979-1985.
Em seu pronunciamento, o deputado do PT-MG, que também é presidente da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara, aproveitou para fazer uma crítica irônica às articulações entre bolsonaristas e o governo Trump. Segundo o parlamentar, a Casa Legislativa em Brasília (DF) passou a contar com uma “bancada norte-americana”.
O petista também mencionou o processo contra Jair Bolsonaro (PL) no inquérito da trama golpista. “Vai ser preso”, disse Correia. O político da extrema-direita brasileira é réu nessa investigação junto com mais 30 pessoas.
Em carta endereçada ao presidente Lula (PT) no último dia 9, Trump citou o processo contra Bolsonaro para justificar as tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras, medida prevista para entrar em vigor no dia 1 de agosto.
Após a conclusão das alegações finais pela Procuradoria-Geral da República no inquérito da trama golpista, o processo avança para a etapa de defesa dos investigados antes da análise pelo Supremo Tribunal Federal. O tenente-coronel Mauro Cid, que possui um acordo de colaboração premiada, será o primeiro a se pronunciar, com prazo de 15 dias para apresentar sua resposta. Os demais 30 réus, incluindo Bolsonaro, também terão igual período para formalizar suas contestações.
O crescimento do BRICS é outro motivo, não citado no documento, para a guerra comercial lançada pelos EUA. O grupo está avaliando a formação de um mecanismo de pagamentos independente, uma medida que diminuiria a necessidade do dólar em negociações entre nações. Esse bloco econômico surge como uma das principais vozes contra a hegemonia financeira dos EUA, promovendo maior colaboração entre as nações em desenvolvimento.
Dados da ComexVis revelam que o BRICS representa 39% do PIB mundial (em paridade de poder de compra) e participa com 24% do comércio internacional. Além disso, seus membros ocupam 36% da área terrestre do planeta e controlam 72% das reservas globais de terras raras, matérias-primas vitais para a produção de alta tecnologia.
No setor energético, o grupo tem peso decisivo: responde por 43,6% da produção mundial de petróleo, 36% do gás natural e 78,2% do carvão mineral, conforme dados da Agência Internacional de Energia. Esses números reforçam a relevância estratégica do BRICS no cenário geopolítico e econômico contemporâneo.
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