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Comissão de Mortos e Desaparecidos será reinstalada no dia 30 de agosto

Data escolhida faz alusão ao Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2010

Comissão de Mortos e Desaparecidos será reinstalada no dia 30 de agosto (Foto: Reprodução)

A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) será reinstalada no próximo dia 30 de agosto, em Brasília, na sede do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Aberta à imprensa e à sociedade civil, a cerimônia pela manhã contará com a abertura das atividades do colegiado com o ministro Silvio Almeida e representantes de parlamentares, familiares, integrantes do sistema de justiça e os sete membros do colegiado presidido pela procuradora regional da República, Eugênia Gonzaga.

Durante a reabertura dos trabalhos, estão previstas assinaturas de documentos orientadores do colegiado. Pela tarde, haverá a primeira reunião ordinária da Comissão Especial, interrompida no fim de 2022 e recriada por meio de despacho presidencial no último dia 3 de julho.

A data escolhida faz alusão ao Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2010.

Composição - A composição da CEMDP terá a prevalência de mulheres entre os sete membros, e contará com uma representante da juventude, a parlamentar Natália Bastos Bonavides (PT), como representante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

Integram a CEMDP, além de Gonzaga, que a preside, as representantes da sociedade civil Vera Paiva, como professora, e Maria Cecília de Oliveira Adão, historiadora e primeira mulher negra a compor a Comissão Especial; a representante dos familiares de desaparecidos políticos, Diva Santana; e os representantes do Ministério Público Federal, Ivan Cláudio Marx, e do Ministério da Defesa, Rafaelo Abritta.

Histórico - Instituída pela Lei nº 9.140, de 04 de dezembro de 1995, a Comissão Especial é vocacionada  ao reconhecimento de pessoas desaparecidas que tenham participado ou foram acusadas de participação em atividades políticas, no período entre os anos de 1961 e 1988.  O colegiado, que é fruto de uma demanda da sociedade civil, historicamente teve o papel de efetivar políticas de memória e verdade no país.

Ao longo de quase três décadas, a CEMDP concentrou esforços em atividades de buscas em locais como como Foz do Iguaçu, Rio de Janeiro e Araguaia, além do apoio aos trabalhos de identificação dos remanescentes ósseos oriundos da Vala Clandestina do Cemitério Dom Bosco, no bairro de Perus, São Paulo.

Em suas atividades, o colegiado dedicou-se a cumprir a 7ª recomendação do Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), de 2014, que propõe a “Retificação da anotação da causa de morte no assento de óbito de pessoas mortas em decorrência de graves violações de direitos humanos”. 

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