Alegações de Carla Zambelli não procedem, afirma MP da Itália
No documento, o procurador Erminio Carmelo Amelio afirma que "não se verificam as condições previstas para a recusa do pedido de extradição"
247 - O Ministério Público da Itália afirmou que é infundada a alegação feita pela defesa de Carla Zambelli (PL-SP) de que a deputada esteja sendo perseguida judicialmente no Brasil. O MP italiano emitiu um parecer favorável à extradição da parlamentar.
De acordo com informações publicadas nesta sexta (24) pelo Portal Uol, o argumento de Carla "não encontra respaldo no conteúdo das solicitações de extradição". No documento, o procurador Erminio Carmelo Amelio afirma que "não se verificam as condições previstas para a recusa do pedido de extradição".
A parlamentar está presa desde o dia 29 de julho, na penitenciária feminina de Rebibbia, na capital italiana, por decisão da Corte de Apelação de Roma. O Judiciário do país europeu considerou haver grave risco de fuga.
Em junho de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Carla Zambelli a 10 anos de prisão em regime fechado, determinando também a cassação de seu mandato parlamentar. A decisão do STF teve como base o entendimento de que a pena imposta ultrapassa o limite de 120 dias de afastamento, previsto pela Constituição Federal para a perda de mandato em razão de ausência nas atividades legislativas.
As investigações apontaram que a deputada, aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro, participou de um plano para invadir sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O objetivo seria emitir mandados de prisão falsos contra o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga a chamada trama golpista.No mesmo mês da condenação, Zambelli deixou o país e permaneceu foragida por quase um mês, sendo presa em 29 de julho.


