“Segurança pública não pode ser definida pela lógica do autoritarismo”, diz Edinho Silva
Presidente do PT reage à chacina no Rio e defende um novo modelo de segurança baseado em prevenção, tecnologia e respeito aos direitos humanos
247 – O presidente nacional do PT, Edinho Silva, condenou nesta quarta-feira (29) a escalada de violência no Rio de Janeiro, após a chacina no Complexo da Penha, que deixou ao menos 136 mortos na operação policial mais letal da história do estado. Em publicação nas redes sociais, Edinho criticou a política de segurança baseada na lógica do confronto e do autoritarismo, e afirmou que a verdadeira eficiência policial deve ser medida pela capacidade de proteger vidas, e não de tirá-las.
“Segurança pública é um direito do trabalhador e da trabalhadora. Não podemos aceitar que, sem uma proposta estruturada, a segurança seja definida pela lógica do autoritarismo, onde eficiente é polícia que mata. Essa não é a nossa proposta”, escreveu o dirigente petista.
A declaração ocorre em meio à forte repercussão nacional e internacional da tragédia, que provocou nota de repúdio do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos e da Human Rights Watch, ambas cobrando investigações imediatas e profundas sobre as mortes provocadas pela operação do governo Cláudio Castro.
Edinho defende política pública que previne e reintegra
Edinho destacou que um projeto moderno de segurança pública deve prevenir o crime, reintegrar apenados e investir em tecnologia, abandonando o modelo militarizado que, segundo ele, só amplia o número de vítimas entre moradores e policiais.
“Defendemos um modelo que cuida do adolescente infrator, reintegra apenados, combate o crime organizado e utiliza tecnologia, como câmeras e sistemas de monitoramento, para prevenir, proteger e salvar vidas”, afirmou.
O líder petista reforçou que “segurança pública de verdade protege pessoas”, defendendo que a construção de um sistema efetivo passa por políticas sociais, educação e inclusão, e não pela naturalização da morte nas periferias.
A fala de Edinho reflete o posicionamento do PT diante do massacre no Complexo da Penha, que expôs mais uma vez a falência do modelo de segurança baseado na violência e na repressão, reacendendo o debate sobre a necessidade de uma nova política nacional de segurança pública, com foco em direitos humanos, inteligência e cooperação federativa.


