Marina deve deixar a Rede por desavenças com Heloisa Helena
Ministra do Meio Ambiente admite agravamento de conflitos internos na Rede Sustentabilidade e diz que tem conversado com lideranças de outros partidos
247 – Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e uma das figuras mais reconhecidas da política ambiental brasileira, admitiu que as divergências dentro da Rede Sustentabilidade, partido que ajudou a fundar, se agravaram e chegaram à Justiça. Em entrevista publicada pela Veja (19/09/2025), ela afirmou que não descarta uma mudança de legenda diante da crise.
“Fundei a Rede para ser uma sigla diferente, com estatuto inovador, sem presidente. Infelizmente, as discordâncias internas se agravaram e chegaram à Justiça”, disse Marina, em referência ao embate com a atual presidente da sigla, Heloísa Helena, alvo de ações que apontam fraude eleitoral e irregularidades no uso de recursos públicos.
Conversas com outras lideranças
Embora ainda não tenha oficializado sua saída, Marina deixou claro que tem dialogado com diferentes partidos e dirigentes políticos. “Posso dizer que tenho conversado com várias lideranças. Estive com Edinho Silva, presidente do PT, e com o vice-presidente Geraldo Alckmin, especialmente para pensarmos a situação em São Paulo”, declarou.
Ela também relatou que esteve com João Campos, prefeito do Recife e presidente do PSB, embora negue ter recebido convite formal para se filiar. “Era um gesto de amizade, pelo fato de eu ter sido vice do pai dele em 2014”, explicou.
Prioridades políticas
Apesar das incertezas sobre seu futuro partidário, Marina reafirmou seu foco imediato: apoiar a reeleição do presidente Lula e fortalecer o campo progressista em São Paulo. Ela destacou a importância de construir alternativas políticas contra a agenda defendida pelo atual governador paulista, Tarcísio de Freitas, que, segundo ela, apoia pautas inaceitáveis, como anistia para condenados por tentativa de golpe e indulto para Jair Bolsonaro.