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Democracia sempre, escreve Lula ao lado de outros líderes de esquerda

Líderes do Brasil, Chile, Colômbia, Uruguai e Espanha firmam manifesto conjunto em defesa da democracia, dos direitos sociais e da participação cidadã

Lula no Espírito Santo - 11/07/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – Em artigo publicado pela Folha de S.Paulo, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gabriel Boric Font (Chile), Gustavo Petro Urrego (Colômbia), o presidente eleito Yamandú Orsi Martínez (Uruguai) e o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez Pérez-Castejón, uniram-se para lançar um firme chamado internacional: “Democracia sempre”. O texto surge como uma reação clara ao avanço de discursos autoritários, ao enfraquecimento das instituições democráticas e ao crescimento da desinformação nas redes digitais, fenômenos que têm corroído a confiança nas democracias em várias partes do mundo.

Os líderes progressistas defendem que, diante desse cenário, a resposta precisa ser o fortalecimento da democracia, jamais seu enfraquecimento. “Não cabe o imobilismo nem o medo. Defendemos a esperança”, escreveram em manifesto conjunto. Segundo eles, a saída para crises políticas e sociais está em renovar a democracia, garantindo que ela seja significativa para populações que sentem suas promessas descumpridas.

O artigo também destaca a importância da coesão social, da participação cidadã e da defesa dos direitos fundamentais. “Resolver os problemas da democracia com mais democracia, sempre”, afirmam. Para dar concretude a esse compromisso, os governos desses países anunciaram a realização da Reunião de Alto Nível “Democracia Sempre”, marcada para o próximo dia 21 de julho, em Santiago, no Chile. O encontro dará continuidade às articulações iniciadas por Brasil e Espanha durante a Assembleia Geral da ONU em 2024.

A proposta, segundo o manifesto, é ir além dos discursos: “Não basta evocar a democracia nem falar em seu nome: devemos fortalecê-la, renová-la e torná-la significativa para aqueles que sentem suas promessas não cumpridas.” A iniciativa prevê a participação ativa de organizações da sociedade civil, centros de pensamento, movimentos juvenis e diversos atores sociais, em um esforço coletivo para restaurar a confiança pública nas instituições.

O texto aponta ainda que é preciso condenar claramente as tendências autoritárias e, ao mesmo tempo, propor reformas estruturais capazes de combater as desigualdades históricas nos países. “A história nos demonstrou repetidamente que a democracia é o melhor caminho possível para garantir a paz, a coesão social e oportunidades para todos”, reforçam os presidentes.

Com foco no multilateralismo, no desenvolvimento sustentável, na justiça social e nos direitos humanos, a mensagem é clara: “A democracia é frágil se não for cuidada”, alertam. Por isso, o pacto firmado visa unir forças para que o Estado responda de maneira mais eficaz e justa às demandas da sociedade, governando com mais direitos, mais inclusão e mais participação popular.

O encerramento do manifesto aponta para a urgência da luta democrática: “Defender a democracia nestes tempos difíceis não é apenas resistir e proteger, mas propor e seguir avançando. Essa é a tarefa urgente do nosso tempo.”

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