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Haddad rebate críticas sobre carga tributária e afirma que país vira a página do déficit estrutural

Ministro também afirmou, no evento Nova Indústria Brasil, que o país tem uma "caixa-preta" de R$ 800 bilhões em renúncias fiscais

Fernando Haddad - 26/05/2025 (Foto: Reprodução/Youtube/TV247)
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247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (26), no evento Nova Indústria Brasil, promovido pelo Brasil 247, Agenda do Poder e BNDES, no Rio de Janeiro, que a carga tributária no país já foi bem maior, e reiterou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em "virar a página do déficit orçamentário estrturual". 

As declarações surgem em meio à crescente pressão do Congresso Nacional por mais cortes no Orçamento, e após um congelamento anunciado na última semana na ordem dos 30 bilhões de reais. 

"Hoje a carga tributária federal, a receita primária federal, é menor do que dez anos atrás. Então nós temos que ter a compreensão de que nós temos desafios a enfrentar, sobretudo em relação ao equilíbrio orçamentário, que como disse o Mercadante, é papel de todos", afirmou o ministro. 

"Quando a gente olha para as contas e vê que muita despesa foi contratada sem fonte de financiamento, nós temos que compreender que nós temos que honrar os compromissos assumidos pelo Congresso, muitos deles compromissos constitucionais", prosseguiu. 

Haddad então criticou a herança fiscal negativa deixada pelos últimos governos, e afirmou que a atual gestão tem um sério compromisso em criar novas condições para o desenvolvimento sustentável da indústria. 

"O presidente Lula herdou um país com déficit estrutural de 2% do PIB e nós, com apoio de parte do Congresso, estamos conseguindo avançar no sentido de estabilizar o Orçamento e criar as condições macroeconômicas para a indústria voltar a se desenvolver", afirmou. 

CAIXA-PRETA - O ministro também afirmou no evento que o Brasil tem uma "caixa-preta" de R$ 800 bilhões em renúncias fiscais. "Ao invés de oferecer uma alíquota média de tributos menor para todo mundo, a gente resolve escolher os campeões nacionais que levam o grosso do Orçamento. Aquele que paga imposto fica prejudicado por aquele que fez do lobby a sua profissão de fé", disse.

O ministro afirmou ainda que a reforma tributária, aprovada recentemente no Congresso, terá efeitos extraordinários sobre o ambiente de negócios no país.

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