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Petrobras alcança 3,14 milhões de barris diários e registra recorde histórico de produção

Plataformas Almirante Tamandaré e P-78 elevam extração no pré-sal e impulsionam exportações e refino da estatal

Navio da Petrobras (Foto: (Agência Petrobras))

247 - A Petrobras registrou um novo recorde de produção no terceiro trimestre de 2025, alcançando 3,14 milhões de barris de óleo equivalente por dia — um crescimento de 7,6% em relação ao trimestre anterior e de 16,9% em comparação ao mesmo período de 2024. O avanço foi impulsionado pelo aumento de produção nos campos de Búzios e Mero, onde atuam as plataformas Almirante Tamandaré e Marechal Duque de Caxias. A estatal também obteve ganhos expressivos de eficiência nas bacias de Campos e Santos.

De acordo com informações do Brazil Stock Guide, a Petrobras manteve uma taxa de utilização de suas refinarias em 94% e vendeu internamente 1,8 milhão de barris diários de derivados, volume 5,3% superior ao do trimestre anterior. As exportações de petróleo cru também bateram recorde, somando 814 mil barris por dia.

Crescimento impulsionado pelo pré-sal

O desempenho foi puxado pela robustez do pré-sal, que respondeu por 69% da carga processada nas refinarias da empresa e representou dois terços da produção total de petróleo no Brasil. A produção oriunda dessas reservas atingiu 2,12 milhões de barris diários, aumento de 6,6% em relação ao segundo trimestre.

A plataforma FPSO Almirante Tamandaré, que iniciou operação em fevereiro, tornou-se a mais produtiva do país ao alcançar 250 mil barris por dia — superando sua capacidade nominal — apenas oito meses após o primeiro óleo. Paralelamente, a chegada da unidade P-78, também em Búzios, com capacidade para 180 mil barris diários e compressão de 7,2 milhões de m³ de gás por dia, deve impulsionar ainda mais a produção no quarto trimestre.

Avanço na refinação e novos projetos

As operações de refino e comercialização acompanharam o ritmo do segmento de exploração e produção. A fabricação de derivados cresceu 3,5%, com destaque para o diesel e o querosene de aviação, que atingiram volumes recordes nas refinarias REFAP e REPLAN.

A estatal também avançou nos contratos de construção do Projeto de Refino Boaventura, que ampliará a produção de diesel S-10 em 76 mil barris diários e de combustível de aviação em 20 mil barris. O plano inclui ainda a integração com infraestrutura de energia renovável e a fabricação de 12 mil barris diários de lubrificantes do Grupo II, agregando valor à sua linha de produtos.

Expansão no gás natural e energia elétrica

No segmento de gás e energia, a Petrobras aumentou em 11,8% as entregas de gás natural nacional, impulsionadas pelo crescimento do hub de processamento de Itaboraí, integrante do complexo Boaventura. Além disso, antecipou em um ano a entrega de 1,12 GW de energia proveniente das termelétricas Ibirité e Termorio, reforçando a estabilidade do sistema elétrico brasileiro em um período de maior participação de fontes renováveis.

As vendas de eletricidade cresceram 17% no trimestre, sustentando o papel da empresa na segurança energética do país diante da redução dos níveis dos reservatórios hidrelétricos.

Perspectivas e novos marcos

Os resultados financeiros do terceiro trimestre serão divulgados em 6 de novembro, quando o mercado espera informações sobre dividendos, execução de investimentos e possíveis revisões no plano estratégico 2025–2029. Analistas também aguardam dados sobre margens de refino, comércio e avanços em projetos de transição energética, como produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e captura de carbono.

Nesta semana, a Petrobras recebeu licença ambiental federal para iniciar perfurações exploratórias na Margem Equatorial, região considerada a nova fronteira promissora do petróleo brasileiro desde o pré-sal. A autorização permite o início das atividades sísmicas e de perfuração, etapa vista pela empresa como essencial para garantir a reposição de reservas e diversificar sua produção para além do Sudeste.

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