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Trump suspende imigração de latinos e ucranianos autorizada por Biden

Medida, em vigor por tempo indeterminado, alega preocupação com fraudes e segurança nacional

Trump critica imigrantes que vêm de “países de merda” (Foto: REUTERS/Jonathan Ernst)

247 - O governo de Donald Trump suspendeu, de forma temporária e indefinida, os pedidos de migração de cidadãos da América Latina e da Ucrânia que haviam sido autorizados a entrar nos Estados Unidos sob programas implementados por Joe Biden. A informação foi divulgada pela CBS News nesta terça-feira (18), com base em um memorando interno e relatos de duas fontes anônimas do governo.

A justificativa para a medida, segundo a emissora americana, é a preocupação com possíveis fraudes e riscos à segurança nacional. O memorando, assinado por Andrew Davidson, alto funcionário do USCIS (Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos), afirma que "informações sobre fraudes e preocupações com a segurança pública ou nacional não estão sendo devidamente sinalizadas nos sistemas de julgamento do USCIS". O documento também cita supostas investigações que encontraram registros de indivíduos já falecidos e endereços idênticos em múltiplos pedidos.

A suspensão afeta três programas criados por Biden: Uniting for Ukraine, voltado a refugiados da guerra com a Rússia; o CHNV, que concede liberdade condicional humanitária a cidadãos de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela; e um terceiro programa que beneficia colombianos, equatorianos, centro-americanos, haitianos e cubanos com familiares nos EUA. Juntos, os dois primeiros programas permitiram a entrada de 760 mil pessoas no país, segundo a CBS.

A suspensão também impede que os migrantes já no país solicitem benefícios adicionais, como asilo, green cards ou residência permanente. A medida representa um aprofundamento das restrições migratórias que Trump já vinha implementando desde o início de seu governo, revertendo políticas de Biden que buscavam regularizar a entrada de estrangeiros fugindo de crises políticas, como na Venezuela, ou conflitos armados, como na Ucrânia.

O memorando indica que a suspensão só será revogada após uma "análise e avaliação abrangente da população de estrangeiros no país" beneficiada por esses programas. Enquanto isso, milhares de migrantes permanecem em um limbo legal, aguardando uma possível revisão das diretrizes.

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