Trump diz que não pretende aliviar tarifas sobre aço e alumínio
Presidente dos EUA reafirma sua política comercial agressiva e minimiza riscos econômicos globais
247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou, na noite deste domingo (16/3), que não tem intenção de aliviar as tarifas de 25% impostas ao aço e alumínio provenientes de diversos países. “Não pretendo fazer isso”, afirmou Trump a repórteres a bordo do avião presidencial Air Force One, quando questionado sobre a possibilidade de criar exceções às tarifas. As informações são do Metrópoles.
As tarifas, que começaram a valer na última quarta-feira (12/3), foram impostas com o objetivo de proteger a indústria siderúrgica e reequilibrar a balança comercial americana. Trump também anunciou que, a partir de 2 de abril, os EUA aplicarão tarifas "recíprocas" a todos os parceiros comerciais, uma medida que poderá afetar ainda mais as economias globais e intensificar as tensões comerciais internacionais.
Essas decisões têm gerado incertezas nos mercados financeiros e levantado preocupações sobre o impacto potencial na economia mundial. Além disso, há receios de que essas medidas possam desencadear uma desaceleração econômica, uma vez que diversos setores, como o automobilístico e o de construção, dependem do aço e do alumínio cujos preços estão sendo afetados pelas novas tarifas.
Em um cenário econômico global já volátil, o Banco Central Europeu (BCE) alertou que as políticas comerciais de Trump estão criando mais incertezas do que o próprio período da pandemia de Covid-19. Durante uma entrevista ao Sunday Times no último domingo (16/3), o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, afirmou que “a incerteza do ambiente atual é maior do que era durante a pandemia”, destacando as tarifas e as respostas de seus parceiros comerciais como fatores que aumentam a volatilidade econômica. Guindos também alertou sobre os riscos de uma guerra comercial, dizendo: “Uma guerra comercial seria uma situação em que todos sairiam perdendo porque penalizaria o crescimento”.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, também se pronunciou sobre o impacto das tarifas. Ela afirmou que as medidas comerciais de Trump provocam “muitas incertezas” e tornam o ambiente econômico “muito volátil”. “Parece que a cada dia uma nova tarifa é adotada, ou um imposto anunciado é retirado”, destacou Lagarde, reforçando que a instabilidade gerada pela política comercial dos EUA pode prejudicar o crescimento global.
Apesar disso, o BCE segue otimista em relação ao processo de desinflação na zona do euro, considerando que uma inflação próxima a 2% pode garantir a estabilidade dos preços e aumentar a confiança dos consumidores e empresas.
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