Trump confirma que EUA sabiam do ataque de Israel ao Irã
Presidente dos EUA diz que ofensiva foi “muito bem-sucedida”
247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que seu governo tinha pleno conhecimento antecipado dos planos de Israel para atacar o Irã. A declaração foi feita em entrevista por telefone ao Wall Street Journal nesta sexta-feira (13), segundo a agência Reuters.
Segundo a CNN, Trump manteve diversos contatos com Netanyahu ao longo da quinta-feira (12), inclusive antes do início dos bombardeios israelenses contra o Irã. Uma fonte com conhecimento das conversas confirmou à emissora que os diálogos aconteceram, mas não revelou detalhes do conteúdo.
Segundo o presidente norte-americano, a operação israelense foi “um ataque muito bem-sucedido, para dizer o mínimo”. Ele ainda considera que a ofensiva foi resultado direto da recusa iraniana em firmar um novo acordo nuclear antes do fim do prazo de 60 dias estipulado por seu governo.
Enquanto isso, autoridades do Departamento de Estado norte-americano informaram que uma força-tarefa foi criada ainda na quinta-feira para monitorar os desdobramentos do ataque israelense e organizar possíveis planos de evacuação de cidadãos e funcionários dos EUA no Oriente Médio, caso necessário. A medida foi considerada padrão diante do aumento das tensões e riscos à segurança na região.
Até esta sexta-feira, diversas embaixadas dos EUA no Oriente Médio estavam revisando seus protocolos de segurança, embora, segundo os diplomatas ouvidos pelo Wall Street Journal, ainda não houvesse decisão sobre a redução de pessoal. Um dos representantes afirmou que a retirada de funcionários só será cogitada se houver expectativa de que instalações americanas possam ser alvos de retaliação por parte do Irã.
Apesar da escalada militar, a Casa Branca insiste que o presidente Donald Trump continua comprometido com a tentativa de retomada das negociações nucleares com Teerã. De acordo com fontes do governo, o enviado especial Steve Witkoff está “pronto” para se reunir com representantes iranianos, seja em Omã, no domingo, como previsto inicialmente, ou em outra data futura, a depender da disponibilidade do governo do Irã.
A ofensiva israelense e as articulações diplomáticas em curso reacendem o debate sobre o futuro do acordo nuclear com o Irã e o papel dos EUA como mediador no conflito entre as duas potências do Oriente Médio.
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