Trump celebra 100 dias de governo destacando ataque a imigrantes e promessas de retomada econômica
Em comício no Michigan, presidente dos Estados Unidos destaca endurecimento migratório, tarifas protecionistas e ataques a adversários políticos
247 - Em um comício realizado nesta terça-feira (29), no Condado de Macomb, estado de Michigan, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, celebrou os 100 primeiros dias de seu segundo mandato destacando o endurecimento da política migratória do país, informa a CNN.
“E semana após semana, estamos acabando com a imigração ilegal”, afirmou Trump a uma plateia de seguidores, reafirmando o tom que marcou sua campanha à reeleição. O presidente norte-americano creditou sua vitória à rigidez com que trata o tema: “Sabe, eu venci com base, acho que o principal fator foi a imigração ilegal, a fronteira, as pessoas que cruzam nossa fronteira vindas de todo o mundo”.
O evento teve forte apelo visual e simbólico. Logo no início da semana, na segunda-feira (28), dezenas de grandes placas com rostos de pessoas supostamente em situação irregular nos Estados Unidos foram colocadas no gramado da Casa Branca. A ação foi planejada para ter impacto direto na cobertura televisiva, com as imagens estrategicamente posicionadas atrás dos repórteres que diariamente transmitem de Washington.
Durante o comício, Trump exibiu um vídeo em que migrantes deportados aparecem sendo presos em El Salvador, dizendo que “os piores dos piores estão sendo enviados para uma prisão no país centro-americano.” A declaração reforça o tom de criminalização da imigração adotado por seu governo, que desde o primeiro dia do segundo mandato tem acelerado medidas de expulsão, especialmente contra estrangeiros condenados por crimes violentos.
O presidente também relembrou que as ações de seu governo incluem decretos que ampliam os poderes da presidência na área de imigração, permitindo maior agilidade nos processos de deportação e endurecimento nas fronteiras. Essas iniciativas fazem parte de um pacote mais amplo para reformular a política migratória norte-americana com foco no fechamento de fronteiras e na repressão à entrada irregular.
Economia e indústria automobilística
Trump também abordou questões econômicas, defendendo tarifas protecionistas e prometendo revitalizar a indústria automobilística americana. Ele anunciou a suspensão temporária de tarifas sobre autopeças, incluindo taxas de 25% sobre importações de aço e alumínio do Canadá e México, visando apoiar a indústria automotiva de Michigan, que emprega cerca de 20% da força de trabalho do estado.
Apesar dessas medidas, pesquisas indicam que apenas 11% dos americanos relataram melhorias em suas condições financeiras desde que Trump reassumiu o cargo em janeiro, e sua taxa de aprovação está em 39%, com 59% avaliando seu desempenho como regular ou ruim.
O presidente também criticou a atuação do atual governo na gestão de política monetária, alegando que vai reverter todas as medidas adotadas pela administração Biden, que, segundo ele, culminaram em um dos piores cenários de inflação da história do país. “Nós vamos acabar com o pesadelo da inflação”, destacou.
O comício em Michigan marcou uma retomada do estilo de campanha de Trump, com discursos inflamados e promessas de políticas isolacionistas. Apesar das controvérsias e da baixa aprovação em algumas áreas, Trump demonstrou confiança em sua agenda e no apoio de sua base eleitoral.
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