Tiroteio em arranha-céu de Manhattan deixou cinco mortos, incluindo policial e atirador
Homem armado com fuzil de assalto invadiu prédio que abriga a sede da NFL e escritórios de grandes empresas financeiras em Nova York
247 – Cinco pessoas morreram, incluindo um policial, durante um tiroteio ocorrido na noite de segunda-feira (28) em um arranha-céu de Manhattan, em Nova York, que abriga a sede da National Football League (NFL) e escritórios de instituições financeiras como Blackstone e KPMG. A informação foi publicada pela agência Reuters, com base em declarações das autoridades locais em entrevista coletiva.
O atirador, identificado como Shane Tamura, de 27 anos, natural de Las Vegas, entrou no edifício localizado no número 345 da Park Avenue portando um fuzil de assalto. Segundo a comissária da Polícia de Nova York, Jessica Tisch, Tamura tinha histórico de transtornos mentais e havia viajado de carro até Nova York nos últimos dias. Ele não possuía antecedentes criminais relevantes e agiu sozinho, segundo os primeiros levantamentos.
O ataque começou no saguão do prédio durante o horário de pico da tarde e prosseguiu até o 33º andar, onde funciona uma empresa de gestão. Após matar quatro pessoas — dois homens, uma mulher e um policial — e ferir gravemente outro homem, o atirador tirou a própria vida com um disparo no peito.
Entre as vítimas fatais está o policial Didarul Islam, de 36 anos, imigrante de Bangladesh e pai de dois filhos, com a esposa grávida do terceiro. Islam atuava como segurança no edifício, dentro de um programa da Polícia de Nova York que permite o trabalho de patrulheiros uniformizados em empreendimentos comerciais. “Ele era um verdadeiro herói azul”, afirmou o prefeito Eric Adams. O presidente da Associação Benevolente da Polícia, Patrick Hendry, declarou: “O mal puro veio ao coração da nossa cidade e atingiu pessoas inocentes e um de nossos policiais que estavam protegendo essas pessoas”.
As identidades das outras vítimas não foram divulgadas. Um quinto ferido segue em estado crítico, internado em um hospital próximo.
Clima de tensão em Manhattan
A ação provocou pânico na região. Segundo testemunhas ouvidas pela Reuters, houve gritaria e correria nas proximidades do prédio. “Vi muita comoção, policiais e gente gritando”, relatou Russ McGee, de 31 anos, que estava em uma academia vizinha ao edifício.
Kyle Marshall, funcionário da Morgan Stanley, estava em um prédio próximo e recebeu uma mensagem da mãe perguntando se estava seguro. “Ela me mandou o endereço e eu pensei: ‘Meu Deus, é ao lado do meu prédio’”, disse Marshall. Ele e outros colegas foram mantidos em confinamento até depois das 20h.
Investigações e desdobramentos
Equipes do FBI também foram deslocadas ao local para apoiar nas investigações. Uma imagem do suspeito, publicada por veículos como a CNN, mostra Tamura entrando no prédio armado com o fuzil.
Ainda não se sabe o motivo do ataque, e as autoridades continuam reunindo informações sobre os passos do atirador antes do massacre. A Polícia de Nova York destacou a rapidez da resposta e o trabalho coordenado das forças de segurança na contenção da tragédia.
O episódio reacende o debate sobre o acesso a armas de fogo nos Estados Unidos, especialmente em estados onde a legislação é permissiva, e evidencia os riscos associados à negligência com políticas públicas de saúde mental e segurança urbana.
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