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      Terremoto na Rússia é o mais forte desde 2011, quando tremores e tsunami atingiram Fukushima

      Tremor é o mais forte registrado no mundo desde 2011 e já causa evacuações

      Água radioativa vaza da usina de Fukushima (Foto: Kyodo/REUTERS )
      Laís Gouveia avatar
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      247 - Um terremoto de magnitude 8,8 sacudiu a costa da Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, na manhã desta quarta-feira (30), no horário local. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro foi localizado no mar, a cerca de 320 quilômetros da costa, a uma profundidade de 36 quilômetros. As informações são do portal g1.

      O tremor é o mais forte registrado globalmente desde o terremoto de Tōhoku, que devastou o nordeste do Japão em 2011, causando um tsunami e o colapso da usina nuclear de Fukushima. O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico emitiu avisos para várias regiões costeiras, incluindo Japão, Alasca, Havaí, partes do Canadá e da costa oeste dos Estados Unidos.

      Ondas de até quatro metros chegaram a atingir áreas costeiras desabitadas da Rússia. Até o momento, não há registro de vítimas fatais, mas ao menos 12 cidades da região de Kamchatka relataram danos estruturais, apagões e interrupções nos serviços públicos.

      No Japão, ondas de até 1,2 metro atingiram as províncias de Hokkaido e Aomori, levando ao fechamento de escolas e à evacuação de cerca de 20 mil pessoas. Nos Estados Unidos, praias foram interditadas no Havaí e na Califórnia como medida preventiva.

      O sexto maior terremoto já registrado

      Com magnitude de 8,8, o terremoto desta quarta-feira entra para a história como o sexto mais intenso desde o início das medições modernas. Ele supera tremores devastadores como o da Turquia e Síria em 2023 (7,8) e o do Alasca em 2021 (8,2), sendo também o mais forte desde o sismo de 9,1 que atingiu o Japão em 11 de março de 2011.

      Na tragédia de 2011, mais de 18 mil pessoas morreram, e o Japão enfrentou uma das maiores catástrofes nucleares da história. Desde então, o país tem sido palco de dezenas de tremores, como o de janeiro de 2024, que deixou mais de 600 mortos na península de Noto.

      Outros eventos marcantes incluem o terremoto de 7,8 graus no Nepal em 2015, que matou cerca de 9 mil pessoas, e o de 8,6 graus em Sumatra, em 2012, que não deixou vítimas, mas provocou alerta global de tsunami.

      Região de risco constante

      A Península de Kamchatka está situada no chamado "Círculo de Fogo do Pacífico", uma das regiões de maior atividade sísmica e vulcânica do mundo. Países como Japão, Indonésia, Chile, México e Nova Zelândia também fazem parte desse cinturão geológico.

      Kamchatka já havia sido cenário de outro terremoto de grande escala em 1952, quando um tremor de magnitude 9,0 gerou um tsunami que causou danos no Havaí. Desde o sismo de Fukushima, em 2011, o mundo registrou ao menos dez terremotos com magnitude superior a 8,0, mas nenhum havia ultrapassado os 8,6 até agora.

      Risco de tsunami permanece

      O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico informou que, apesar da redução na intensidade das ondas, ainda há risco de correntes marítimas anormais e maré elevada em várias regiões do Pacífico. Autoridades continuam monitorando o deslocamento das ondas e recomendam que a população costeira evite áreas de risco por pelo menos 24 horas.

      Os terremotos mais fortes da história

      O tremor em Kamchatka agora figura entre os mais intensos da história. Confira os seis primeiros colocados:

      1.  Valdivia, Chile (1960) – magnitude 9,5
      2.  Alasca, EUA (1964) – magnitude 9,2
      3.  Sumatra, Indonésia (2004) – magnitude 9,1
      4.  Honshu, Japão (2011) – magnitude 9,1
      5.  Kamchatka, Rússia (1952) – magnitude 9,0
      6.  Kamchatka, Rússia (2025) – magnitude 8,8

      Outros grandes terremotos ao longo do último século incluem eventos no Equador-Colômbia (1906), Maule (Chile, 2010), Ilhas Rat (EUA, 1965), Alasca (1946), Assam-Tibete (1950), e diversos tremores na Indonésia.

      As autoridades seguem em alerta e reforçam a importância de sistemas de monitoramento e preparação para desastres naturais, especialmente em regiões como o Pacífico, onde o risco sísmico é permanente.

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