Ruanda e República Democrática do Congo assinarão acordo de paz em Washington, afirma governo dos EUA
Cerimônia em Washington será acompanhada por Marco Rubio e prevê desarmamento de grupos armados, retorno de refugiados e integração econômica
247 - O Departamento de Estado norte-americano anunciou nesta quarta-feira (18) que os ministros das Relações Exteriores de Ruanda e da República Democrática do Congo assinarão, no próximo dia 27 de junho, um acordo de paz em Washington. O pacto é fruto de três dias de negociações conduzidas na capital dos Estados Unidos, com mediação direta do governo norte-americano e a participação de observadores do Catar.
Segundo comunicado oficial divulgado pela diplomacia dos EUA, o acordo prevê cláusulas que buscam encerrar o ciclo de hostilidades entre os dois países vizinhos, incluindo “respeito à integridade territorial, proibição de ações armadas, desengajamento, desarmamento e integração condicional de grupos armados não estatais”. Além disso, há previsões para o retorno de refugiados e deslocados internos, bem como ações para promover a integração econômica regional.
O anúncio ocorre em meio a uma escalada de tensões no leste congolês, onde o grupo rebelde M23 — relançado em 2021 — mantém controle de amplas regiões ricas em recursos minerais. Segundo denúncias feitas por autoridades da República Democrática do Congo, da União Europeia e dos Estados Unidos, Ruanda tem apoiado os rebeldes, o que o governo de Kigali nega repetidamente.
A ofensiva do M23 já provocou a morte de milhares de civis e o deslocamento de cerca de um milhão de pessoas, agravando a crise humanitária na região. O grupo armado, que alega defender os interesses da minoria tutsi no Congo, chegou a ameaçar derrubar o governo do presidente congolês Félix Tshisekedi.
De acordo com o Departamento de Estado, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, acompanhará a cerimônia de assinatura do acordo entre os dois chanceleres. Um encontro entre os presidentes de Ruanda e do Congo também está previsto em Washington, embora a data ainda não tenha sido definida.
A confirmação do compromisso foi feita por Tina Salama, porta-voz do presidente Tshisekedi, por meio de publicação na rede social X (antigo Twitter). O ministro das Relações Exteriores de Ruanda, Olivier Nduhungirehe, também ratificou a informação pela mesma plataforma.
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