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Primeiro-ministro da Groenlândia responde a Trump: "Não queremos ser americanos"

Pesquisas de opinião indicam que a maioria dos groenlandeses se opõe à adesão aos Estados Unidos

Primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, durante abertura do novo escritório da Comissão Europeia em Nuuk, na Groenlândia - 15/03/2024 (Foto: Ritzau Scanpix/Leiff Josefsen via REUTERS)
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(Reuters) – O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, afirmou nesta quarta-feira que o povo groenlandês determinará seu próprio futuro e não deseja ser nem dinamarquês nem americano.

Egede fez essas declarações em resposta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, na terça-feira, voltou a manifestar o desejo de tornar a Groenlândia, atualmente um território semiautônomo do Reino da Dinamarca, parte dos Estados Unidos.

"Não queremos ser americanos, nem dinamarqueses, somos Kalaallit (groenlandeses). Os americanos e seu líder precisam entender isso", disse Egede em uma publicação no Facebook.

"Não estamos à venda e não podemos ser tomados. Nosso futuro é decidido por nós, na Groenlândia", acrescentou.

O governo da Groenlândia está atualmente em um período de transição antes das eleições marcadas para 11 de março. A campanha eleitoral tem sido focada principalmente nas aspirações de independência da ilha, especialmente diante do interesse manifestado por Trump.

O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca destacou nesta quarta-feira que foi significativo o fato de Trump ter reconhecido o direito da Groenlândia à autodeterminação em seu discurso ao Congresso.

Pesquisas de opinião indicam que a maioria dos groenlandeses se opõe à adesão aos Estados Unidos, embora uma parcela significativa apoie a eventual independência da Dinamarca. O governo dinamarquês já afirmou que a ilha ártica deve decidir seu próprio futuro e que não está à venda.

"(Trump) disse que respeitam o direito à autodeterminação da Groenlândia, e isso, na minha opinião, foi a parte mais importante desse discurso", declarou o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, em entrevista coletiva em Helsinque nesta quarta-feira.

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