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Palestina: fome de pão, fome de paz

Manifesto de mulheres de fé denuncia genocídio e exige rompimento de acordos entre Brasil e Israel

Ato pró-Palestina (Foto: Reprodução/X/@henricarneiro)
José Reinaldo avatar
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247 - Em meio à devastação provocada pelos bombardeios israelenses e ao sofrimento de milhares de famílias palestinas na Faixa de Gaza, um manifesto teológico, político e feminista assinado pela Frente Mulheres de Fé por Direitos e Justiça denuncia com veemência o genocídio em curso e conclama o Brasil a se posicionar pelo fim das agressões. O documento reivindica a suspensão imediata de acordos com Israel e afirma: “Não silenciaremos nossas vozes enquanto os senhores da guerra não silenciarem suas bombas e seus mísseis.” A informação é da Frente Mulheres de Fé por Direitos e Justiça

Sob o título "Palestina: fome de pão, fome de paz", o manifesto resgata versos de uma antiga canção palestina para denunciar a brutalidade da guerra e reafirmar o direito do povo palestino à vida, à terra e à paz com justiça. A peça destaca o drama de um povo ferido e sitiado: “O grito de crianças, mulheres, homens de todas as idades que sobrevivem em meio aos escombros, o rosto gélido das mais de 55 mil pessoas assassinadas mostram a falência do projeto de poder dos senhores do mundo e desperta nossa ira.”

As signatárias dirigem um apelo direto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos governadores estaduais:  "Fiquemos do lado certo e justo da história!"

Entre as denúncias centrais está a manutenção de contratos bilionários entre governos estaduais e empresas israelenses, especialmente na área de segurança pública. O manifesto destaca como exemplo o contrato de R$ 37 milhões firmado entre o governo de São Paulo e companhias israelenses, cuja tecnologia, segundo as autoras, estaria sendo utilizada tanto no aparato repressivo brasileiro quanto nos ataques militares contra a população palestina.

As mulheres da Frente de Fé expressam solidariedade com os trabalhadores portuários de diferentes países que se negam a carregar armas destinadas a Israel, assim como com soldados israelenses que se recusam a atuar na ofensiva contra Gaza:

“Louvamos a coragem de trabalhadoras e trabalhadores portuários que se negam a carregar as armas que assassinarão pessoas palestinas. Louvamos a coragem de soldados israelenses que se recusam a servir em Gaza.”

Com firmeza e emoção, o manifesto apresenta um conjunto de exigências que reforçam as campanhas internacionais por justiça e autodeterminação dos povos: a) o boicote internacional a Israel; b) a retirada das forças de ocupação israelenses dos territórios palestinos; c) o direito dos palestinos de retomarem suas terras, com apoio internacional à reconstrução.

A Frente Mulheres de Fé por Direitos e Justiça se apresenta como uma articulação plural de mulheres comprometidas com a dignidade dos povos e com a justiça social. Com base na fé, no engajamento político e na defesa da vida, as autoras do manifesto afirmam que permanecerão mobilizadas até que cesse a barbárie em Gaza e a Palestina possa novamente florescer como a “amendoeira verde” cantada em seus versos tradicionais.

No fechamento do texto, a emoção e a espiritualidade se fundem em um grito de solidariedade e resistência: “Irmãs e irmãos da Palestina, estamos com vocês gritando a plenos pulmões para que o direito à vida, o direito ao território, à autodeterminação e o direito à paz com justiça lhes seja de novo garantidos.”

https://www.instagram.com/reel/DLN4aRIBJuh/?igsh=MWczM3AwcmpvNWx6cg%3D%3D

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