Países bálticos deixam rede energética russa e Kaliningrado passa a operar de forma independente
Letônia, Lituânia e Estônia finalizaram desconexão da rede russa após anos de planejamento
247 - Os países bálticos, Letônia, Lituânia e Estônia, se retiraram da aliança energética que unificava seus sistemas com a Rússia e a Bielorrússia, enquanto a região de Kaliningrado, um enclave russo cercado pela Lituânia e pela Polônia, fez a transição para operação energética independente, anunciaram autoridades russas neste sábado (8).
O sistema de energia de Kaliningrado estava bem preparado para essa mudança, garantindo um fornecimento estável de eletricidade, disse o Ministério da Energia da Rússia em um comunicado, segundo a agência Xinhua.
"A capacidade total de geração de energia da região agora é de 1,88 GW, mais que o dobro do seu pico de consumo de eletricidade, garantindo fornecimento confiável em qualquer circunstância", afirmou o ministério.
Entre 2016 e 2020, quatro novas usinas de energia foram construídas na região, juntamente com uma grande modernização da infraestrutura da rede. O Ministério da Energia russo destacou que testes anuais abrangentes nos últimos cinco anos confirmaram a prontidão técnica do sistema para operação independente.
Os três países bálticos anunciaram oficialmente sua intenção de sair da rede energética BRELL (Bielorrússia, Rússia, Estônia, Letônia e Lituânia) em 2017, citando preocupações com a dependência do fornecimento de energia russo e o objetivo de se aproximar da União Europeia.
Neste sábado, os três Estados desconectaram seus sistemas elétricos da rede de energia russa, disseram os operadores da região, informou a agência Reuters.
Os operadores realizaram com sucesso testes de gerenciamento de frequência, avaliando a estabilidade da rede báltica durante interrupções, como desligamentos repentinos de usinas, informou a operadora de rede lituana Litgrid neste sábado. Testes adicionais no domingo (9) avaliarão a capacidade da rede báltica de gerenciar a corrente.
Imediatamente após a desconexão, trabalhadores letões usaram um guindaste para alcançar os fios de alta tensão em Vilaka, a 100 metros da fronteira com a Rússia, e cortá-los.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, participará de uma cerimônia no domingo para marcar a transição para o sistema da UE, informou seu gabinete na sexta-feira (7).
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