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Organização para a Libertação da Palestina condena plano israelense de expulsar habitantes de Gaza

OLP denuncia que Israel está cometendo mais um crime de guerra e uma violação do direito internacional

Faixa de Gaza (mais destaque), cidade de Rafah (círculo), e as bandeiras da Palestina (colorida) e de Israel (azul e branco) (Foto: Reuters I Reprodução I Hatem Khaled / Reuters)
José Reinaldo avatar
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Prensa Latina - A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) condenou nesta quinta-feira (27) a decisão de Israel de criar uma organização para promover o deslocamento da população da Faixa de Gaza.

Ahmad Abu Holi, membro do Comitê Executivo da OLP e chefe do Departamento de Assuntos de Refugiados, denunciou em uma declaração que o êxodo "sob fogo, bombardeio, fome e destruição não é um deslocamento voluntário, mas forçado". 

Tais ações constituem um crime de guerra e uma violação do direito internacional humanitário e das convenções relevantes, afirmou ele.

Abu Holi pediu que os líderes israelenses fossem levados a julgamento, acusando-os de trabalhar para despovoar a Faixa de Gaza..

As declarações dos governantes israelenses são "uma cortina de fumaça projetada para enganar a comunidade internacional e escapar de punição e responsabilização", enfatizou.

Ele alertou que o governo de Benjamin Netanyahu está implementando inúmeras medidas para promover a colonização de terras palestinas em Gaza e na Cisjordânia.

O presidente do Conselho Nacional Palestino, Rawhi Fattouh, também condenou o projeto israelense esta semana.

Fattouh também denunciou "o genocídio e os massacres atrozes perpetrados contra civis palestinos, além da intimidação e limpeza étnica em curso".

Essas ações são completamente incompatíveis com o termo "migração voluntária", conforme anunciado pelas autoridades daquele país, afirmou.

O ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, anunciou no domingo a criação de um escritório encarregado de organizar "uma transferência voluntária para moradores de Gaza que expressarem interesse em se mudar para terceiros países".

O departamento será administrado pelo Ministério da Defesa e faz parte de um plano defendido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para a expulsão dos moradores de Gaza para tomar o território.

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