ONU aposta em pesquisa na China para compreender mudanças climáticas
Representante da Unesco afirma que a região do Tibete é estratégica para orientar a ação internacional sobre o clima
Por Bianca Penteado, de Nyingchi (China) – O representante da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) na China, Shahbaz Khan, destacou o papel estratégico do Tibete na compreensão da dinâmica climática global. A declaração foi feita nesta quarta-feira (29), durante o 8º Fórum de Desenvolvimento da Região Autônoma de Xizang, realizado na cidade de Nyingchi, no sudeste do território chinês.
O evento, que começou na terça-feira (28) e segue até quinta-feira (30), reúne autoridades chinesas e organizações internacionais. Khan participou do fórum representando António Guterres, secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
Segundo o enviado da Unesco, o órgão aposta na pesquisa científica desenvolvida na região tibetana para avaliar as mudanças climáticas e avançar nos compromissos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Atualmente, agências da ONU trabalham em colaboração com instituições chinesas em projetos de avaliação de riscos climáticos, monitoramento da biodiversidade e inovação em finanças verdes. Essas ações, segundo Khan, “conectam observações locais a sistemas globais de dados, garantindo que o conhecimento tibetano oriente a ação internacional [sobre o meio ambiente]”.
Imagens de satélite, dados abertos e ferramentas de inteligência artificial integram as tecnologias empregadas no monitoramento das crises climáticas. “A proteção ambiental e o desenvolvimento humano caminham juntos”, enfatizou.
