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Oficial israelense é condenado a 20 dias de prisão por recusar serviço militar em protesto contra guerra em Gaza

Capitão Ron Finer, veterano da Brigada Alon, se recusa a servir em protesto contra a guerra, destacando crescente dissidência entre reservistas israelenses

Capitão Ron Finer, veterano da Brigada Alon, se recusa a servir em protesto contra a guerra (Foto: Divulgação via X/benhoshen)
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247 - O capitão da reserva Ron Finer, que atua como comandante de pelotão no Batalhão 8207 da Brigada 228 "Alon", foi condenado a 20 dias de prisão após se recusar a comparecer ao serviço militar de reserva em protesto contra a guerra em Gaza. A informação foi divulgada pelo Times of Israel.

Finer é membro do grupo "Soldados pelos Reféns", composto por reservistas que se opõem às operações militares em Gaza e se recusam a continuar servindo. Em declaração ao Ynet, Finer afirmou: "Fui sentenciado pelo meu comandante de batalhão a 20 dias de prisão. Como oficial de combate que serviu 270 dias na reserva desde 7 de outubro, estive em serviço por muitos meses, constantemente arriscando minha vida e abrindo mão da minha vida civil. Estou surpreso com essa punição sem precedentes e desproporcional".

O Exército de Defesa de Israel (IDF) respondeu que "o oficial da reserva se recusou a comparecer ao serviço por razões políticas, o que não tem lugar no exército. Portanto, ele foi sentenciado e punido". A instituição acrescentou que "o IDF vê com severidade a recusa de comparecer ao serviço de reserva, e cada caso é tratado individualmente pelos comandantes".

A Brigada Alon, à qual Finer pertence, está subordinada à 146ª Divisão, estacionada no norte de Israel, e não está prevista para ser mobilizada para Gaza durante a ofensiva em curso contra o Hamas.

Este caso ocorre em meio a um aumento de protestos entre reservistas israelenses. Recentemente, centenas de soldados da Unidade de Inteligência 8200 assinaram uma carta pedindo ao governo que priorize a libertação dos reféns, mesmo que isso exija a suspensão das operações militares em Gaza.

Além disso, mais de 1.600 ex-paraquedistas e soldados de infantaria da IDF, incluindo alguns ainda na reserva, também assinaram uma carta aberta exigindo que o governo alcance um acordo para trazer os reféns de volta para casa.

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