Israel já assassinou mais de 16.500 crianças palestinas durante o atual genocídio em Gaza
Órfãos, traumas e fome expõem o colapso humanitário vivido na Faixa de Gaza, enquanto ONU alerta para sofrimento psicológico de um milhão de menores
247 - Mais de 16.500 crianças palestinas foram assassinadas na Faixa de Gaza desde o início do genocídio perpetrado por Israel em 7 de outubro de 2023. A denúncia foi feita pelo Ministério da Saúde de Gaza, em nota divulgada nesta quinta-feira (22), conforme noticiou a agência Prensa Latina. O dado impressiona não apenas pela quantidade, mas pela brutalidade da violência dirigida contra a população mais vulnerável de Gaza.
De acordo com o comunicado, entre os mortos estão 916 bebês com menos de um ano de idade, 4.365 crianças entre um e cinco anos, 6.101 entre seis e 12 anos e 5.124 adolescentes de 13 a 17 anos. "Esses números refletem o ataque direto e sistemático aos segmentos mais vulneráveis e inocentes da sociedade", destacou o Ministério.
A pasta afirmou ainda que, ao invés de serem protegidas, cuidadas e educadas, essas crianças foram transformadas em “alvos para mísseis de aeronaves e projéteis de tanques”. O governo local reforçou o apelo à comunidade internacional e às organizações de direitos humanos para que tomem medidas urgentes a fim de interromper os ataques e responsabilizar os líderes israelenses “por seus crimes contra crianças e civis indefesos”.
O cenário dramático se agrava com o impacto social de tantas perdas. A porta-voz do Ministério do Desenvolvimento Social de Gaza, Aziza al-Kahlout, informou no início deste mês que a campanha militar deixou aproximadamente 40 mil órfãos palestinos. Ela destacou um dado particularmente chocante: “700 menores ficaram completamente sozinhos após o extermínio completo de suas famílias”.
Para Al-Kahlout, essas crianças estão expostas a múltiplos danos. “Eles enfrentam danos sociais, psicológicos, econômicos e de saúde, o que pode levar a mortes em massa em algum momento se a situação continuar a piorar”, advertiu.
A tragédia humanitária também foi denunciada por organismos internacionais. A porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Tess Ingram, afirmou que cerca de um milhão de menores estão psicologicamente traumatizados em consequência direta dos bombardeios e da destruição contínua no enclave palestino.
“Eles precisam de água limpa, todo tipo de ajuda e cobertores”, disse Ingram em entrevista à rede de televisão Al Jazeera, descrevendo as condições de vida como perigosas e insustentáveis.
Além dos traumas emocionais, a fome avança rapidamente. Segundo dados do Escritório Central de Estatísticas da Palestina, quase um milhão de crianças correm risco de inanição na Faixa de Gaza. Já foram registrados mais de 60 mil casos de desnutrição aguda.
A deterioração acelerada das condições de vida em Gaza revela uma catástrofe em várias frentes: bombardeios, colapso dos sistemas de saúde e educação, crise alimentar, orfandade em massa e sofrimento psicológico. A população infantil, que deveria estar em escolas ou parques, vê-se agora nos escombros da guerra, exposta a traumas que marcarão suas vidas para sempre.
Diante da gravidade da situação, o Ministério da Saúde reiterou o apelo para que a comunidade internacional deixe de se omitir: “O mundo deve tomar medidas urgentes para deter a agressão e responsabilizar os líderes israelenses por seus crimes contra crianças e civis indefesos”.
A omissão diante dessa tragédia prolongada aprofunda a sensação de impunidade e deixa feridas abertas não só no povo palestino, mas na consciência da humanidade. O silêncio, alertam os especialistas, pode custar ainda mais vidas.
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