Netanyahu: Hamas será desarmado do jeito 'fácil' ou 'difícil'
O primeiro-ministro israelense afirmou que o seu país manterá as tropas militares na Faixa de Gaza
247 - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta sexta-feira (10) que as tropas do seu país continuarão na Faixa de Gaza para fazer pressão no Hamas. O Exército israelense afirmou estar pronto para retornar ao combate se necessário e "continuarão eliminando qualquer ameaça imediata", sem dar mais detalhes do que isso quer dizer.
“Estamos cercando o Hamas. Nós o envolvemos completamente, antes das próximas etapas do plano, nas quais o Hamas será desarmado e Gaza será desmilitarizada. Se isso puder ser alcançado pela maneira fácil, muito bem. Se não, será alcançado pela maneira difícil”, disse Netanyahu em pronunciamento.
O desarmamento do Hamas é um dos principais pontos do acordo mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mas este requisito para o cessar-fogo continua indefinido.
O acordo
O Hamas comprometeu-se a libertar todos os prisioneiros israelenses detidos desde outubro de 2023. Em troca, Israel concordou em liberar cerca de 2.000 prisioneiros palestinos, entre os quais mulheres, crianças e prisioneiros que estão há muito tempo em detenção.
O acordo permite a entrada de assistência humanitária em Gaza, abrangendo alimentos, medicamentos e combustível, com o objetivo de aliviar a grave crise humanitária que afeta a região. A implementação do acordo será acompanhada por uma coalizão internacional formada pelo Egito, Catar, Turquia, Estados Unidos e as Nações Unidas, com o objetivo de garantir o cumprimento dos termos estabelecidos.
Tribunais internacionais
A África do Sul apresentou uma denúncia contra Israel na Corte Internacional de Justiça, acusando o país de genocídio. No mesmo ano de 2024, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Apesar dessas medidas legais, Israel manteve e até intensificou suas ações militares em Gaza, ao mesmo tempo em que impôs severas restrições à entrada de ajuda humanitária destinada à população local. Embora Netanyahu não tenha sido preso, ele enfrenta crescente isolamento no cenário diplomático, com países como Reino Unido, Canadá, Austrália, Portugal, França, Bélgica e Mônaco reconhecendo oficialmente o Estado da Palestina.


