Netanyahu aprova planos militares para capturar a Cidade de Gaza, diz gabinete do primeiro-ministro
O governo israelense voltou a usar a narrativa de que é preciso derrotar o movimento palestino Hamas
247 - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou os planos do comando militar para estabelecer controle sobre a Cidade de Gaza e derrotar o movimento palestino Hamas, informou nesta quinta-feira (21) Dmitri Gendelman, assessor do gabinete do primeiro-ministro. A entrevista foi concedida à Sputnik.
“O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu visitou hoje a divisão de Gaza, onde aprovou os planos das Forças de Defesa de Israel (IDF) para assumir o controle da Cidade de Gaza e derrotar o Hamas. O chefe de governo enfatizou a determinação de Israel em encerrar a guerra em termos aceitáveis para o Estado e, ao mesmo tempo, instruiu o início imediato das negociações para a libertação de todos os reféns”, disse Gendelman.
As Forças de Defesa de Israel lançaram a "Operação Espadas de Ferro" na Faixa de Gaza e impuseram um bloqueio total ao enclave em outubro de 2023.
Em outubro de 2023, Israel foi alvo de uma operação militar sem precedentes com foguetes lançados da Faixa de Gaza, governada pelo movimento palestino Hamas. Militantes palestinos invadiram as áreas fronteiriças, abriram fogo contra militares e civis e fizeram reféns. Cerca de 1,200 pessoas foram mortas durante o ataque.
As ações de Israel foram alvo, em dezembro de 2023, de uma queixa na Corte Internacional de Justiça (CIJ), apresentada pela África do Sul. Pretória pediu a adoção de medidas provisórias contra autoridades israelenses diante de ações consideradas genocidas. A África do Sul alegou que os ataques e omissões de Israel na Faixa de Gaza violam obrigações sob a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio. Israel alega estar se defendendo de ataques terroristas e contesta a ação. O governo brasileiro declarou apoio ao processo sul-africano.
Em janeiro de 2024, a CIJ ordenou que Israel tomasse todas as medidas necessárias para prevenir o genocídio na Faixa de Gaza, punisse os defensores do genocídio contra os palestinos e garantisse o fluxo de ajuda humanitária para o povo de Gaza. No entanto, não obrigou Israel a interromper a ofensiva, como havia solicitado a África do Sul na ação judicial. Diversos países, incluindo o Brasil, apoiam o processo contra Israel.
Em novembro de 2024, a CIJ emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e lideranças do Hamas, citando crimes de guerra. Tanto Israel quanto o Hamas negam cometer crimes de guerra (com Sputnik).
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