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Não há risco de a China "armar" Treasuries, apesar da volatilidade no mercado de títulos, diz secretário do Tesouro dos EUA

O presidente norte-americano Donald Trump impôs tarifas de 145% sobre produtos chineses este ano, como parte de uma política de tarifas recíprocas

Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, fala com repórteres, em Washington 13/03/2025 (Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein)
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(Reuters) — O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em entrevista ao Yahoo Finance nesta terça-feira, descartou preocupações sobre a possibilidade de a China "armar" seus títulos do Tesouro, apesar da volatilidade do mercado. Ele afirmou que não há risco de a China usar seu robusto volume de Treasuries para causar danos econômicos aos Estados Unidos.

“Se os Treasuries atingissem um certo nível ou se o Federal Reserve acreditasse que uma potência estrangeira — não vou chamá-la de adversária, mas de rival — estivesse armando o mercado de títulos do governo dos EUA ou tentando desestabilizá-lo por ganhos políticos, tenho certeza de que agiríamos juntos de alguma forma, mas simplesmente não vimos isso acontecer”, disse Bessent. “Temos uma grande caixa de ferramentas.”

A China é a segunda maior detentora estrangeira da dívida pública dos EUA, atrás apenas do Japão, com quase US$ 761 bilhões em títulos em janeiro.

“Se eles (a China) venderem Treasuries, teriam que comprar renminbis, e isso fortaleceria a moeda deles. E eles têm feito exatamente o oposto”, afirmou Bessent, acrescentando que vender não está nos melhores interesses econômicos da China.

O presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas de 145% sobre produtos chineses este ano, como parte de uma política mais ampla de tarifas recíprocas a todos os parceiros comerciais dos EUA. Isso gerou zombarias e críticas de Pequim, que retaliou aumentando as tarifas sobre produtos americanos para 125%.

Pequim chamou a estratégia tarifária de Trump de “piada”, o que irritou Bessent.

“Isso não é uma piada. Quero dizer, esses são números grandes”, disse Bessent anteriormente em entrevista à Bloomberg Television.

Qualquer negociação entre EUA e China teria que partir “do topo”, envolvendo Trump e o presidente chinês Xi Jinping, acrescentou Bessent.

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