Militares israelenses estupraram mulheres durante ataque a hospital em Gaza
Denúncia é do Monitor Euro-Mediterrâneo dos Direitos Humanos, com sede em Genebra, Suíça
247 - A organização Monitor Euro-Mediterrâneo dos Direitos Humanos, com sede em Genebra, Suíça, denunciou, em um relatório divulgado neste sábado (28), graves violações cometidas pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) durante a invasão ao Hospital Kamal Adwan, localizado no norte da sitiada Faixa de Gaza.
Os depoimentos documentados revelam que enfermeiras, pacientes e seus acompanhantes no hospital foram submetidos a atos descritos como "equivalentes a violência sexual". Segundo o relatório, soldados israelenses obrigaram mulheres e meninas a despirem-se sob ameaças, insultos e ofensas que atentavam contra sua dignidade e honra. Além disso, diversas mulheres e meninas relataram episódios de assédio sexual.
Uma mulher relatou: “Um soldado obrigou uma enfermeira a tirar a calça, colocou a mão nela e, quando resistiu, ele a golpeou com força no rosto, causando sangramento no nariz".
Além da violência sexual, o relatório cita execuçõe sumárias de civis feridos e daqueles que carregavam bandeiras brancas.
Militares israelenses invadiram o hospital Kamal Adwan e seus arredores na sexta-feira (27), após semanas de cerco, artilharia e bombardeio aéreo, além de ataques direcionados ao pessoal médico e técnico que trabalhava no hospital. Os ataques também desativaram as capacidades operacionais do hospital, tendo como alvo geradores de energia e equipamentos de produção de oxigênio, de acordo com o grupo.
DIRETOR DETIDO - Crescem os apelos pela libertação de Hussam Abu Safia, diretor do Hospital Kamal Adwan, detido no sábado pelas forças militares israelenses juntamente com dezenas de outras pessoas durante o ataque. A preocupação com a segurança de Abu Safia aumenta à medida que seu paradeiro continua desconhecido desde sua detenção.
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