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Itália registra mais de 2 milhões de pessoas em protestos pró-Palestina

Greves e marchas ocorreram em mais de 100 cidades após interceptação da Flotilha Global Sumud por Israel

Italianos saem às ruas contra o genocídio na Faixa de Gaza (Foto: Reprodução/X)

247 - Mais de 2 milhões de pessoas foram às ruas da Itália nesta sexta-feira (3) em manifestações pró-Palestina, segundo sindicatos responsáveis pelos protestos, informou a Agência Ansa Brasil. A mobilização ocorreu após a interceptação da Flotilha Global Sumud pelas forças militares de Israel, que impediu a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

Os atos foram convocados pelas principais centrais sindicais italianas para criticar a postura do governo da premiê Giorgia Meloni, acusada de omissão diante da prisão de ativistas em águas internacionais. A flotilha contava com cerca de 50 barcos e 500 tripulantes de diferentes países, incluindo mais de 10 brasileiros e aproximadamente 40 italianos.

“A mobilização de hoje foi um sucesso: mais de 2 milhões de pessoas saíram às ruas para participar de marchas em mais de 100 cidades durante a greve geral nacional em defesa da flotilha e dos valores constitucionais para interrupção do genocídio e em apoio à população de Gaza”, afirmou a Confederação-Geral Italiana do Trabalho (Cgil).

Segundo o sindicato, somente em Roma mais de 300 mil ativistas marcharam pelo centro histórico com bandeiras da Palestina, palavras de ordem contra Israel e o governo italiano, ao som de "Bella ciao!", canção de resistência antifascista. Apesar disso, os números ainda não foram confirmados pelas forças de segurança.

Em nota, a Cgil destacou o “clima pacífico e democrático” dos protestos e informou que a greve geral contou com “adesão de cerca de 60%” dos trabalhadores. “As manifestações tiveram uma presença extraordinária e sem precedentes de jovens, que pedem um futuro de paz e justiça social”, comentou o secretário do sindicato, Maurizio Landini.

Além de Roma, atos ocorreram em cidades como Milão, Turim, Nápoles, Bolonha, Gênova, Florença e Veneza, com bloqueios em estradas, portos, aeroportos e serviços ferroviários. Escolas fecharam e o transporte público sofreu atrasos e cancelamentos.

Em Pisa, cerca de 300 manifestantes ocuparam a pista do Aeroporto Galileu Galilei, suspenderam pousos e decolagens por cerca de uma hora. Em Veneza, ativistas bloquearam a ligação por terra entre o continente e o centro histórico, exibindo uma faixa com os dizeres “Gaza livre” em um estacionamento público. Episódios de conflito com policiais foram registrados em Milão e Bolonha.

Na semana anterior, outra greve já havia reunido 500 mil pessoas em protestos semelhantes, e manifestações eclodiram na noite de quarta-feira (1º) logo após a interceptação da Flotilha Global Sumud por Israel.

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