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Israel expulsa últimos ativistas da Flotilha da Liberdade

Grupo internacional foi impedido de chegar ao enclave palestino e classificado por Israel como “artifício midiático”

Flotilha da Liberdade (Foto: Reprodução Reuters )
Redação Brasil 247 avatar
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247 - O governo de Israel confirmou nesta segunda-feira (16) a deportação dos últimos três ativistas que permaneciam sob custódia após participarem da missão humanitária Freedom Flotilla Coalition, interceptada pela Marinha israelense no último dia 8 de junho. As informações são do Metrópoles.

Segundo o governo israelense, os três estrangeiros – um holandês e dois franceses – foram transferidos pela Travessia de Allenby para a Jordânia. Eles integravam a embarcação batizada de “Selfie Yacht”, parte da flotilha que tentava romper o bloqueio marítimo imposto a Gaza, com o objetivo de entregar ajuda humanitária e denunciar a crise vivida pelos palestinos.

O grupo, que ganhou notoriedade internacional por incluir nomes como o da ativista climática sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila – ambos já deportados anteriormente –, tem como missão chamar atenção global para a situação humanitária em Gaza.

Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou duramente a iniciativa. “Com relatos recentes de um ‘iate de celebridades’ a caminho de Gaza, o Ministério das Relações Exteriores deseja esclarecer o seguinte: a zona marítima ao largo da costa de Gaza está fechada a embarcações não autorizadas, sob um bloqueio naval legal, em conformidade com o direito internacional”, declarou a pasta.

Israel também minimizou a relevância da ajuda enviada, classificando a missão como um “artifício midiático”. “O iate alega estar entregando ajuda humanitária. Na verdade, trata-se de um artifício midiático para publicidade (que inclui menos de um único caminhão de ajuda) — um ‘iate para selfies’”, afirmou o governo.

Ainda segundo o Ministério, “nas últimas duas semanas, mais de 1.200 caminhões de ajuda humanitária entraram em Gaza, vindos de Israel”, e cerca de 11 milhões de refeições foram distribuídas por meio da Fundação Humanitária de Gaza. O governo também ressaltou que a costa da região permanece sob bloqueio por razões de segurança, citando ameaças de ataques do Hamas e o histórico de ações terroristas, incluindo o massacre de 7 de outubro.

“Ajudas não autorizadas violam o bloqueio, são ilegais, perigosas e prejudicam os esforços humanitários em curso. Apelamos a todos os atores para que ajam de forma responsável e canalizem a ajuda por meios legítimos”, reforçou a nota oficial.

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