Irã garante apoio total à Venezuela contra ataques dos EUA
Chanceler da Venezuela, Yván Gil, detalha que Teerã ofereceu apoio a Caracas "em todas as áreas"
247 - O Irã assegurou neste sábado (20) à Venezuela sua disposição a cooperar com Caracas em todas as áreas para combater os atos de pirataria internacional e terrorismo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto. O chanceler venezuelano detalhou um telefonema com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi. Na conversa, os ministros reforçaram o acordo estratégico entre Caracas e Teerã e trataram da pressão militar dos EUA no mar do Caribe, cujo objetivo é derrubar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
"Recebi uma ligação do ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, na qual revisamos o estado de nossas relações bilaterais no marco do acordo estratégico do nosso relacionamento. Também analisamos os acontecimentos recentes no Caribe, especialmente as ameaças, os atos de pirataria dos Estados Unidos e o roubo de navios carregados de petróleo venezuelano. A Venezuela recebeu uma plena demonstração de solidariedade do governo da República Islâmica do Irã, assim como sua oferta de cooperação em todas as áreas para enfrentar a pirataria e o terrorismo internacional que os Estados Unidos buscam impor por meio da força militar, violando a Carta das Nações Unidas e o direito internacional", escreveu Yván Gil Pinto em comunicado, divulgado na rede Telegram.
Desde o início de setembro, Trump autorizou uma série de ataques contra embarcações supostamente envolvidas no tráfico de drogas na costa da Venezuela. As ações foram criticadas por alguns parlamentares norte-americanos, que defendem que o governo Trump deveria apresentar mais justificativas ao Congresso para a realização desses ataques.
O governo venezuelano classificou essas ações como uma provocação destinada a desestabilizar a região e uma violação dos acordos internacionais sobre o status desmilitarizado e livre de armas nucleares do Caribe. Em novembro, Trump afirmou acreditar que os dias de Maduro como chefe de Estado estavam contados, ao mesmo tempo em que garantiu que Washington não tinha planos de entrar em guerra com Caracas. As tensões aumentaram ainda mais quando o presidente dos EUA anunciou, em 10 de dezembro, a apreensão de um navio-tanque na costa venezuelana. A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, afirmou posteriormente que a embarcação era suspeita de transportar petróleo sancionado da Venezuela e do Irã. (Com informações da Sputnik).



