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Índia promete resposta “mais dura” a ataque terrorista na Caxemira

Primeiro-ministro Narendra Modi reafirma compromisso com a justiça e acusa o Paquistão de apoiar o terrorismo transfronteiriço

Narendra Modi (Foto: Aurelien Morissard/Pool via REUTERS)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, prometeu uma retaliação “mais dura” contra os responsáveis pelo atentado terrorista ocorrido em Pahalgam, na região da Caxemira. A informação foi divulgada pela agência RT neste domingo (27). Durante seu programa de rádio “Mann Ki Baat”, Modi homenageou as vítimas e reforçou o compromisso de Nova Délhi em punir os culpados.

“Hoje, enquanto converso de coração aberto com vocês, há uma profunda dor em meu coração. O ataque terrorista em Pahalgam no dia 22 de abril deixou todos os cidadãos do país de luto. Todo indiano sente profunda solidariedade com as famílias das vítimas”, afirmou. No atentado, 26 turistas foram assassinados enquanto visitavam um ponto turístico popular.

Foi a segunda vez em poucos dias que Modi se comprometeu publicamente a buscar justiça para os familiares dos mortos. Em um comício no estado de Bihar, o premiê já havia prometido caçar os responsáveis “até os confins da Terra”, discursando de maneira incomum em inglês. “Identificaremos, rastrearemos e puniremos todos os terroristas e seus apoiadores”, declarou.

Modi ressaltou que o ataque ocorreu em um momento em que a Caxemira experimentava um ressurgimento econômico e o retorno gradual da paz e da democracia. “Os conspiradores e perpetradores deste ataque enfrentarão a resposta mais dura. A punição mais severa”, reiterou.

A região da Caxemira, que historicamente é um ponto de tensão entre Índia e Paquistão, vinha registrando um período de relativa estabilidade, impulsionado pela recuperação do turismo. No entanto, o atentado reacendeu temores de nova escalada de violência.

Segundo o governo indiano, o ataque teria conexão com grupos apoiados pelo Paquistão, mantendo uma acusação que Nova Délhi já apresentou repetidamente em fóruns internacionais. Como reação imediata, a Índia suspendeu o Tratado das Águas do Indo — um acordo vital que regula o uso dos rios compartilhados pelos dois países —, expulsou diplomatas paquistaneses, fechou a fronteira terrestre e cancelou a emissão de vistos para cidadãos do país vizinho, ordenando sua saída do território indiano em poucos dias.

Islamabad negou qualquer envolvimento no atentado e anunciou medidas de retaliação diplomática. Além disso, advertiu que a suspensão do tratado hídrico seria interpretada como “ato de guerra”. O Tratado das Águas do Indo, assinado em 1960, é crucial para milhões de pessoas em ambos os lados da fronteira e nunca havia sido suspenso pela Índia, nem mesmo em momentos de conflito aberto.

Analistas de segurança na Índia sugerem que o governo está avaliando também respostas de natureza militar, o que eleva ainda mais a tensão na região. Modi, por sua vez, garantiu: “O mundo inteiro está ao lado dos 1,4 bilhão de indianos em nossa luta contra o terrorismo. Mais uma vez, asseguro às famílias das vítimas que elas terão justiça”.

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