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Índia e China retomam voos diretos após cinco anos de suspensão

Primeiros voos ligando Calcutá e Guangzhou serão operados pela IndiGo

Índia e China retomam voos diretos após cinco anos de suspensão (Foto: GF)

247 - A Índia e a China anunciaram a retomada dos voos diretos entre os dois países, após mais de cinco anos de suspensão. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (2) pelo Ministério das Relações Exteriores da Índia e publicada pela Bloomberg.

Segundo a pasta indiana, os serviços aéreos poderão ser restabelecidos ainda em outubro, desde que cumpridos os critérios operacionais e de mercado pelas companhias aéreas de ambos os países. A suspensão havia ocorrido durante a pandemia de Covid-19 e se manteve após o agravamento das tensões diplomáticas em 2020, quando confrontos fronteiriços interromperam o processo de normalização.

O papel das companhias aéreas

A companhia IndiGo, maior transportadora indiana, confirmou que retomará os voos no dia 26 de outubro, com frequência diária ligando Calcutá a Guangzhou, no sul da China. A empresa também planeja lançar em breve a rota Nova Délhi–Guangzhou.

O diretor-executivo da IndiGo, Pieter Elbers, destacou a importância do anúncio. “Com este passo muito importante, estamos planejando introduzir mais voos diretos para a China”, afirmou em comunicado.

A Air India, outra grande companhia indiana, também deve retomar operações em breve, embora não tenha dado detalhes. Antes da interrupção, tanto transportadoras indianas quanto empresas chinesas, como Air China, China Southern e China Eastern, mantinham conexões entre grandes cidades.

Relações diplomáticas em recuperação

A reaproximação ocorre em meio a um cenário de incertezas no comércio global, impulsionado por tarifas impostas pelos Estados Unidos e pela necessidade crescente de cooperação entre as duas maiores economias emergentes do mundo.

Em agosto, ministros das Relações Exteriores de Índia e China já haviam acordado em Nova Délhi facilitar comércio e investimentos bilaterais. A retomada dos voos também complementa a reabertura gradual de vistos de turismo para cidadãos chineses, liberados neste ano pelo governo indiano após um longo período de restrições.

A medida representa um passo relevante na reconstrução da conectividade e dos canais diplomáticos entre os dois vizinhos asiáticos, cujas relações atravessaram uma das fases mais tensas da história recente.

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