Hamas apresenta principais exigências em negociações de cessar-fogo em Gaza e alerta que Israel não sairá vitorioso
Movimento de resistência palestino defende retirada total de Israel da Faixa de Gaza
247 - O movimento de resistência palestino Hamas apresentou nesta terça-feira (7) suas principais condições nas atuais negociações de cessar-fogo no Egito, afirmando que busca “superar todos os obstáculos” para alcançar um acordo que atenda às aspirações do povo da Faixa de Gaza. A reportagem é do canal PressTV:
O porta-voz do Hamas Fawzi Barhoum fez a declaração em um comunicado de imprensa, após a retomada das conversas no Egito sobre um plano de cessar-fogo para Gaza apoiado pelos Estados Unidos.
Segundo ele, as exigências apresentadas pelo Hamas incluem: cessar-fogo permanente e abrangente, retirada total de Israel da Faixa de Gaza, entrada irrestrita de ajuda humanitária, retorno dos deslocados às suas casas e um acordo justo de troca de prisioneiros.
Barhoum acusou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de buscar deliberadamente “obstruir e frustrar” esta rodada de negociações, bem como todas as anteriores.
Barhoum afirmou ainda que a campanha de genocídio de Israel não mirou apenas a resistência, mas toda a existência palestina, responsabilizando o governo de Netanyahu e os Estados Unidos pelos crimes cometidos em Gaza.
Ele também destacou que, apesar da força militar massiva, do apoio incondicional e da parceria total dos EUA na guerra em Gaza, os agressores não conseguiram nem conseguirão criar uma falsa imagem de vitória.
Na segunda-feira (6), delegações de Israel e do Hamas iniciaram negociações indiretas no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh sobre o plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para Gaza.
As discussões giram em torno do plano de 20 pontos de Trump para Gaza, que o regime de Tel Aviv aceitou e o Hamas aceitou parcialmente.
Entre os principais pontos de impasse estão a exigência de retirada completa das forças de ocupação da Faixa de Gaza e a entrega das armas pelo Hamas.
Israel iniciou sua ofensiva em Gaza em 7 de outubro de 2023, após o Hamas realizar uma operação contra a entidade ocupante, em retaliação às crescentes atrocidades do regime contra o povo palestino.
Até agora, o regime de Tel Aviv não conseguiu alcançar seus objetivos declarados de eliminar o Hamas e libertar todos os cativos em Gaza. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 67.160 palestinos foram mortos—em sua maioria mulheres e crianças—e outros 169.679 ficaram feridos.
A fome em massa também assola Gaza, já que Israel impede a entrada de ajuda humanitária no território sitiado.