Genocídio continua: ataque israelense deixa mais 11 mortos na Faixa de Gaza
A ofensiva de Israel deixou 53 mortos em 24 horas. Não há permissão para a entrada de ajuda no território palestino. Cenário é cada vez mais delicado
247 - Novos bombardeios israelenses mataram 11 pessoas neste sábado (3) em um campo de refugiados no sul da Faixa de Gaza. A Defesa Civil local afirmou que três das vítimas eram crianças. A ofensiva de Israel deixou pelo menos 53 mortos entre sexta-feira (2) e este sábado. Estatísticas oficiais apontaram mais de 51 mil palestinos mortos desde o inicío do genocídio, em 7 de outubro de 2023.
De acordo com informações divulgadas pela AFP, o governo israelense não fez comentários sobre os novos ataques. O território palestino está sob bloqueio total desde o dia 2 de março, quando Israel cortou completamente ajuda aos mais de 2 milhões de moradores do território. Não existe permissão para a entrada de ajuda humanitária, e os alimentos estocados durante o curto período de cessar-fogo estão acabando.
Nesta sexta (2), a Cruz Vermelha alertou que as operações humanitárias na Faixa de Gaza estão “à beira do colapso”. “Sem uma retomada imediata da entrada de ajuda, o CICV [Comitê Internacional da Cruz Vermelha] não terá acesso a alimentos, medicamentos e suprimentos vitais necessários para manter muitos de seus programas em Gaza”, disse a organização em um comunicado.
A Cruz Vermelha é uma entidade humanitária internacional sem vinculação estatal. O objetivo da instituição é trabalhar na defesa de pessoas em situação de vulnerabilidade em conflitos armados.
Em novembro de 2024, o Tribunal Penal Internacional emitiu o mandado de prisão do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mas o premiê, responsável direto pelo genocídio em Gaza, continua solto e sendo cada vez mais apoiado pelos Estados Unidos principalmente depois da posse do presidente Donald Trump (Partido Republicano), que representa a extrema-direita norte-americana.