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G7 defende direito de Israel à "defesa" e reafirmam que o Irã não pode ter arma nuclear

Donald Trump deixou o encontro antes do previsto

Reunião de líderes do G7 no Canadá (Foto: Reuters)
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247 - Os líderes das sete maiores economias capitalistas do mundo emitiram nesta segunda-feira (16), no Canadá, uma declaração conjunta sobre a grave escalada do conflito entre Israel e Irã. O documento expressa apoio ao “direito de defesa” de Israel e exige a “desescalada” das hostilidades que se intensificaram desde a semana passada.

“Afirmamos que Israel tem o direito de se defender”, diz o texto. “Deixamos claro em todos os momentos que o Irã nunca poderá ter uma arma nuclear.” Ainda segundo a declaração, os líderes do G7 exortam para que a resolução da crise iraniana leve também a uma “desescalada mais ampla dos conflitos no Oriente Médio, incluindo um cessar-fogo em Gaza”.

Assinam a declaração os representantes de Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, além da União Europeia, que participa do encontro como convidada permanente. A reunião do G7 ocorre na província de Quebec e está prevista para terminar nesta terça-feira (17).

Entre os signatários está o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou na noite desta segunda-feira sua saída antecipada da cúpula. "Eu tenho que voltar por motivos óbvios", declarou Trump a jornalistas antes de embarcar de volta a Washington. A Casa Branca confirmou a informação por meio da porta-voz Karoline Leavitt, que afirmou que o presidente retornaria para "resolver assuntos muito importantes".

A retirada antecipada de Trump ocorre horas depois de ele publicar, em sua conta na rede Truth Social, um apelo para que “todos evacuem imediatamente Teerã”, a capital iraniana. A declaração causou inquietação diplomática e acentuou a percepção de que os Estados Unidos consideram iminente uma escalada militar de grandes proporções.

A cúpula do G7, marcada por temas como mudanças climáticas e cooperação econômica, foi amplamente tomada pela urgência da situação no Oriente Médio. O momento é considerado crítico para a diplomacia ocidental, que busca recompor uma frente comum após meses de tensões internas, disputas comerciais e divisões em torno de conflitos como o da Ucrânia.

Com a saída do presidente dos EUA antes do encerramento da reunião, líderes europeus demonstraram preocupação com a coesão do grupo. Contudo, o gesto de Trump também foi interpretado como um indicativo de que a Casa Branca pode estar preparando respostas unilaterais ou coordenadas com Israel.

O G7 reiterou ainda seu compromisso com a estabilidade regional e com a não proliferação de armas nucleares. Apesar do apoio ao direito de defesa de Israel, os líderes reforçaram a necessidade de evitar um conflito total. “Apelamos às partes para que exerçam máxima contenção e priorizem os canais diplomáticos”, conclui o documento.

A situação permanece volátil, e a próxima rodada de deliberações do G7 poderá ocorrer em caráter emergencial, dependendo da evolução do confronto nos próximos dias.

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