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G7 abandona declaração conjunta sobre Ucrânia e Zelensky diz que diplomacia está em crise

Líder ucraniano disse ter afirmado aos chefes do G7 que eles precisam continuar pedindo a Trump que “use sua influência real” para forçar o fim da guerra

Primeiro-ministro canadense, Mark Carney, presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, chanceler alemão, Friedrich Merz, primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, e presidente francês, Emmanuel Macron, se encontram durante Cúpula de Líderes do G7 em Kananaskis, Alberta, Canadá 17/06/2025 (Foto: REUTERS/Suzanne Plunkett)
Bianca Penteado avatar
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KANANASKIS, ALBERTA (Reuters) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deixará a cúpula do G7 nesta terça-feira com uma nova ajuda do anfitrião do encontro, o Canadá, para sua guerra contra a Rússia, mas sem uma declaração conjunta de apoio dos membros do grupo ou a chance de se encontrar com o presidente dos EUA, Donald Trump.

Os países ricos do G7 lutaram por uma unidade sobre o conflito na Ucrânia, depois que Trump expressou apoio ao presidente russo Vladimir Putin e saiu um dia antes do fim do encontro, para tratar do conflito entre Israel e Irã, em Washington.

Já o Canadá desistiu dos planos do G7 de emitir uma declaração forte sobre a guerra na Ucrânia, após a resistência dos Estados Unidos, disse uma autoridade canadense a repórteres.

O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, disse que Ottawa forneceria à Kiev 2 bilhões de dólares canadenses (US$1,47 bilhão) em nova assistência militar, bem como imporia novas sanções financeiras à Rússia.

Durante a noite, um ataque russo a Kiev e a outras cidades, que matou pelo menos 18 pessoas, ressaltou "a importância de nos solidarizarmos totalmente com a Ucrânia", disse Carney.

O primeiro-ministro disse ainda que quando os líderes do G7 se encontraram para jantar na área turística de Kananaskis, nas Montanhas Rochosas, na segunda-feira, antes de Trump partir, eles enfatizaram a importância de usar "pressão máxima contra a Rússia" para forçá-la a iniciar negociações de paz sérias.

Zelensky disse ter afirmado aos líderes do G7 que "a diplomacia está agora em estado de crise" e que eles precisam continuar pedindo a Trump que "use sua influência real" para forçar o fim da guerra.

"Mesmo que o presidente americano não esteja pressionando a Rússia o suficiente neste momento, a verdade é que os Estados Unidos ainda têm os interesses globais mais amplos e o maior número de aliados. Todos eles precisarão de forte proteção", disse Zelensky em uma publicação no Telegram.

Embora o Canadá seja um dos defensores mais ativos da Ucrânia, sua capacidade de ajudar Kiev é amplamente superada pela dos Estados Unidos, o maior fornecedor de armas. Zelensky havia dito que esperava conversar com Trump sobre a aquisição de mais armamentos.

Quando a cúpula terminar nesta terça-feira, Carney planeja emitir uma declaração como presidente do G7 pedindo mais pressão sobre a Rússia, por meio de sanções, e dizendo que o grupo apoia os esforços de paz liderados pelos EUA, disseram duas fontes do G7.

O Canadá ocupa a presidência rotativa do G7 este ano. Outros líderes não precisam assinar as declarações da presidência do G7.

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