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EUA pressionam por corte de tarifas em negociação com o Paquistão

Ministro paquistanês Muhammad Aurangzeb está em Washington diante de exigências comerciais dos EUA com prazo até agosto

O Ministro das Finanças do Paquistão, Muhammad Aurangzeb, participa de um painel intitulado “Navegando em um Mundo Incerto” durante as Reuniões Anuais de Primavera de 2025 do FMI/Banco Mundial em Washington, DC, EUA, em 25 de abril de 2025 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)
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247 - O ministro das Finanças do Paquistão, Muhammad Aurangzeb, está nos Estados Unidos para conduzir negociações sensíveis com o governo de Washington. A visita tem como pano de fundo uma lista extensa de exigências americanas para a assinatura de um acordo comercial, cujo prazo final foi estipulado para agosto.

De acordo com duas fontes que acompanham as conversas e pediram anonimato por não estarem autorizadas a comentar oficialmente, uma delegação paquistanesa anterior já havia recebido da parte dos EUA um conjunto rigoroso de condições para redução de barreiras tarifárias e não tarifárias. A expectativa inicial de Islamabad era concluir as tratativas até o início de julho, mas o cronograma acabou se estendendo.

Até o momento, Aurangzeb não respondeu a pedidos de esclarecimentos encaminhados por mensagem.

As relações entre Paquistão e Estados Unidos vêm dando sinais de reaproximação após um período de distanciamento diplomático. No mês passado, o presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu o comandante do Exército paquistanês, Asim Munir, para uma rara reunião na Casa Branca. O gesto teve sequência com uma indicação inusitada de Islamabad, que recomendou Trump ao Prêmio Nobel da Paz.

A retomada do diálogo político parece ter refletido nas negociações comerciais. O Ministério das Finanças do Paquistão divulgou nota recentemente apontando avanços "encorajadores" nas tratativas desde a visita de Munir.

Além das discussões tarifárias, o Paquistão busca aliviar as tarifas recíprocas de 29% impostas inicialmente pelo governo Trump, como parte de sua estratégia para estreitar laços com o maior comprador de seus produtos. Atualmente, o país tem um déficit comercial considerado modesto com os EUA, estimado em US$ 3 bilhões.

No esforço de ampliação das trocas bilaterais, Islamabad sinalizou disposição para ampliar a importação de algodão e soja dos EUA — sendo este já o maior destino das exportações paquistanesas. Paralelamente, o governo paquistanês tem demonstrado interesse em novas tecnologias e firmou, em abril, uma carta de intenções com a empresa World Liberty Financial, ligada à família Trump, com vistas à adoção de soluções em blockchain.

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