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      EUA aumentam pressão sobre instituições financeiras mexicanas

      EUA revogam vistos de executivos de bancos mexicanos acusados de lavar dinheiro de cartéis

      Sede do Departamento de Estado dos EUA (Foto: Joshua Roberts/REUTERS)
      José Reinaldo avatar
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      247 - O governo dos Estados Unidos anunciou na quinta-feira (26) uma nova ofensiva contra instituições financeiras mexicanas, acusadas de suposto envolvimento em operações de lavagem de dinheiro para cartéis do narcotráfico. A informação é da Telesur.

      Segundo comunicado do Departamento de Estado, foram revogados os vistos de familiares, sócios e executivos do CIBanco, Intercam e Vector, com base em acusações de que essas instituições facilitariam o fluxo de recursos provenientes do crime organizado. O Departamento do Tesouro americano afirma que grupos criminosos ligados a esses bancos estariam envolvidos no tráfico de opioides como o fentanil, droga que, de acordo com as autoridades dos EUA, foi a principal causa de morte entre americanos de 18 a 44 anos em 2024, com uma média de 220 mortes por overdose por dia.

      As sanções foram aplicadas com base na seção 212(a)(3)(C) da Lei de Imigração e Nacionalidade, que permite restringir a entrada de pessoas consideradas ligadas a atividades ilícitas. A medida, no entanto, gerou forte reação no México, que questiona a falta de evidências concretas.

      Em pronunciamento, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que o governo mexicano ainda não recebeu provas conclusivas sobre o suposto envolvimento dos bancos nas atividades criminosas. “Não há evidências conclusivas. Nós, o governo mexicano, não negamos nem aceitamos as acusações; simplesmente não há evidências”, declarou Sheinbaum.

      O Ministério das Finanças e Crédito Público do México (SHCP) também se manifestou, ressaltando que as informações compartilhadas pelo Tesouro americano até o momento se limitam a dados genéricos sobre transferências financeiras entre empresas mexicanas e chinesas. Segundo o SHCP, essas transações fazem parte do fluxo comercial legítimo entre os dois países, que em 2024 somou US$ 139 bilhões.

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