Espanha acusa Israel de “exterminar” palestinos e anuncia sanções
Pedro Sánchez condena ataques em Gaza, critica Benjamin Netanyahu e anuncia bloqueio a comércio de armas e apoio humanitário
247 -O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, intensificou nesta segunda-feira (8) suas críticas às ações militares de Israel contra a Faixa de Gaza. Em vídeo publicado nas redes sociais, o líder espanhol afirmou que os ataques representam o “extermínio de um povo indefeso”. As informações são do Metrópoles.
Segundo Sánchez, a justificativa apresentada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em outubro de 2023 — de que se tratava de uma resposta militar ao Hamas — resultou, na prática, em uma nova onda de ocupações ilegais e em ofensivas contra civis palestinos. “Uma coisa é proteger seu país e outra muito distinta bombardear hospitais e matar crianças inocentes. O que Israel está fazendo é exterminar um povo indefeso”, declarou.
Críticas diretas a Netanyahu
O premiê espanhol reforçou que as operações em Gaza não podem ser classificadas como defesa legítima. “Isso não é se defender; isso nem é atacar. É exterminar um povo indefeso. É violar todas as regras do direito humanitário”, afirmou, ao condenar duramente as ações israelenses.
Medidas anunciadas pela Espanha
Em meio às críticas, Sánchez anunciou uma série de medidas contra Israel. Entre elas, está a formalização de uma lei que proíbe a compra e venda de equipamentos militares com o país. Além disso, determinou a restrição do uso de portos e do espaço aéreo espanhóis para o transporte de combustível ou armas destinadas ao exército israelense.
O governo também comunicou que pessoas envolvidas no que chamou de “genocídio em Gaza” não terão permissão para entrar em território espanhol. Paralelamente, a Espanha ampliará sua ajuda humanitária ao povo palestino, reforçando o apoio às vítimas da ofensiva militar.