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Em encontro com Putin, Dilma defende fortalecimento do comércio em moedas locais e ampliação do Banco dos BRICS

Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento se reuniu com o presidente da Rússia e foi elogiada: “todos apreciam altamente seu trabalho"

Encontro entre Vladimir Putin e Dilma Rousseff (Foto: Reprodução/X/@sputnik_brasil)
Guilherme Levorato avatar
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247 - Durante encontro bilateral realizado nesta quarta-feira (18) em São Petersburgo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou apoio à atuação de Dilma Rousseff à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o Banco dos BRICS, e defendeu avanços na criação de uma plataforma digital de investimentos e no uso de moedas nacionais entre os países do bloco, informa a Sputnik

A reunião ocorreu no âmbito do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF), que vai até o dia 21 de junho e tem como tema central em 2025 “Valores comuns — a base para o crescimento em um mundo multipolar”.

Putin iniciou o encontro parabenizando Dilma pela recondução ao cargo: “primeiramente, gostaria de parabenizá-la pela reeleição ao cargo de presidente do Novo Banco de Desenvolvimento. Isso quer dizer que todos os participantes do banco apreciam altamente seu trabalho". O presidente russo ressaltou ainda os avanços recentes da instituição sob a liderança da brasileira: “ultimamente foram aprovados e financiados em cerca de 120 projetos, num valor total de mais de US$ 34 bilhões".

Putin também apontou desafios prioritários: “existem algumas questões que exigem uma atenção: ampliação da possibilidade de pagamento em moedas nacionais e futuros esforços de criação de plataforma digital de pagamentos e investimentos. Na última cúpula do BRICS falamos sobre isso detalhadamente. Sei que a senhora apoia todas essas ideias e esforços e conto muito que vamos trabalhando juntos nessa direção".

Dilma, por sua vez, agradeceu ao presidente russo pelo apoio político e reiterou seu compromisso com os objetivos do NBD: “para mim foi uma honra ter sido indicada pela Federação Russa para ter um novo mandato no banco. Tenho certeza que vou conseguir e terei o maior esforço em cumprir as metas que temos em comum.”

Ela destacou dois focos estratégicos do banco: a utilização de moedas locais e a expansão do quadro de membros: “considero que o banco tem alguns grandes desafios. Um deles, como o senhor acabou de mencionar, é o uso das moedas locais e dos mecanismos e plataformas digitais que permitem que sejam potencializadas as moedas locais e os sistemas de pagamento, principalmente considerando a existência de várias tecnologias que permitem a tokenização das moedas.”

Sobre a ampliação institucional, Dilma enfatizou o ingresso de novos países: “uma outra questão muito importante também para o banco é a ampliação e a expansão dos membros, que podem ser novos parceiros do banco. Dois países já foram aprovados, Uzbequistão e Colômbia, e dois estão em processo de aprovação, Etiópia e Indonésia.”

O Novo Banco de Desenvolvimento, criado em 2014 pelos cinco países fundadores do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), tem como objetivo financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países-membros e seus parceiros. 

 

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