Crescimento da economia mexicana desacelera no 2º trimestre, mas evita recessão
Alta de 0,4% no PIB entre abril e junho foi sustentada por serviços e construção; FMI prevê pior desempenho anual desde a pandemia
CIDADE DO MÉXICO, 29 de julho (Reuters) - A economia do México provavelmente ganhou um pouco de força no segundo trimestre, impulsionada pelo crescimento nos setores de manufatura e serviços, que compensou a fraqueza na atividade agrícola, mostrou uma pesquisa da Reuters nesta terça-feira.
O produto interno bruto provavelmente cresceu 0,4% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior, em termos ajustados sazonalmente, de acordo com a previsão mediana de 13 analistas.
A previsão se compara ao crescimento de 0,2% registrado no período de janeiro a março, quando a segunda maior economia da América Latina escapou por pouco de uma temida recessão técnica.
"A melhora da atividade industrial, particularmente na construção, e a resiliência dos serviços provavelmente compensaram a fraca produção agrícola e sustentaram o crescimento do segundo trimestre", disse a Pantheon Macroeconomics.
Em termos não ajustados, no entanto, a economia foi vista como tendo expandido 0,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior, o ritmo mais lento de crescimento desde o início de 2021.
Olhando para o futuro, a perspectiva aponta para um segundo semestre desafiador, principalmente devido à persistente incerteza em torno das políticas comerciais dos Estados Unidos, o principal parceiro comercial do México.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) atualizou na terça-feira sua previsão para o México, prevendo que a economia crescerá 0,2% este ano. Embora represente uma melhora em relação à contração de 0,3% prevista no relatório de abril do FMI, ainda assim representa o pior desempenho da economia desde a pandemia.