China decide manter conversações com os EUA sobre guerra comercial

247 - Considerando plenamente as expectativas em todo o mundo, os interesses do lado chinês e o apelo da comunidade empresarial e dos consumidores dos EUA, o lado chinês decidiu concordar em se envolver em conversas com o lado americano, disse um porta-voz do Ministério do Comércio da China (MOFCOM) nesta quarta-feira (7). A informação foi amplamente divulgada pelo jornal Global Times.

O porta-voz disse que, recentemente, altos funcionários dos EUA frequentemente divulgaram sinais para ajustar tarifas e enviaram ativamente informações ao lado chinês por meio de vários canais, expressando a intenção de iniciar conversas sobre questões tarifárias com a China. A China conduziu uma avaliação cuidadosa dessas comunicações. 

O porta-voz do MOFCOM fez os comentários após o Ministério das Relações Exteriores da China anunciar mais cedo no mesmo dia que, a convite do governo da Suíça, de 9 a 12 de maio, o membro do Birô Político do Comitê Central do PCCh e vice-primeiro-ministro do Conselho de Estado, He Lifeng, visitará a Suíça. Durante sua visita à Suíça, o vice-primeiro-ministro He, como principal responsável chinês pelos assuntos econômicos e comerciais China-EUA, terá uma reunião com o principal responsável dos EUA, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores. 

A reportagem destaca que os EUA adotaram uma série de medidas tarifárias unilaterais e irracionais desde a posse do novo governo americano e assinalou que essas medidas perturbaram gravemente as relações econômicas e comerciais entre a China e os EUA, desestabilizaram a ordem econômica e comercial internacional e representaram sérios desafios à recuperação e ao crescimento econômico global. Para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos, a China adotou contramedidas firmes e resolutas, afirmou o porta-voz do MOFCOM.

“A posição da China é consistente. Seja em confronto ou negociação, a determinação da China em salvaguardar seus interesses de desenvolvimento jamais vacilará, assim como sua posição e seus objetivos em defender a equidade e a justiça internacionais e a ordem econômica e comercial global. Lutaremos se necessário. Nossas portas estão abertas, se os EUA quiserem dialogar. O diálogo e a negociação devem ser baseados na igualdade, no respeito e no benefício mútuo, enfatizou o porta-voz do MOFCOM.